Oui, J'aurais t'aimer
. | O melhor da minha existência, lavando lágrimas da revolta, amor universal, ao sentir que a guardei toda vida no caminhar pela sua ausência em catarses da minha loucura nos mortos que não chorei e no irmão que não soube amparar. E por saber que a amaste com o mesmo ímpeto que a esqueceste sublimando-a em danças loucas ao som de notas que não tinham som morrerei contigo ou por ti no momento em que a vás encontrar |
Mas se acaso não a vir e a minha memória por cá perdurar dá-lhe um beijo nos lábios e diz-lhe que a amei sempre na ignorância .. | |
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. QUASE LUTO .
Algures está, e não sei sequer onde habita Sinto dentro de mim o sopro do seu pensar Sua fala, o sussurrar um muito que me quer E que um dia me dará, por fim, o seu amor . E faço-me menino quase parece que medita Simulo entre um bem-querer um mal te quer Rio disfarçando agulhas que me dão penar Adormeço com pavor, medo, sem seu calor . Em cada noite escura como breu estremeço Estendo braços carentes, mas não a sinto Percorrer o corpo, oferecer gélidos arrepios Em múltiplas sensações ao sentir sua mão . E mato algumas saudades que não mereço Desafio toda a vontade ao dizer, “eu minto” Quando prendo insensível, com frágeis fios A lembrança não guardada, na imaginação . E fui crescendo entre as preces e a lástima Calcorreei gastas memórias de tanta gente Misturei tantos amores que não eram meus Banindo-as porque para mim eram injustas . No céu procurei-te, vertendo uma lágrima Embaciada, tapando tudo à minha frente Para evitar que deitasse culpas só a Deus Ao saber que Suas decisões foram justas . Corrompia-me por dentro a tamanha falha O não saborear beijos duma mãe não tida Doce carícia duma pele que me protegera Da maldade barbara de cada ser impoluto . A velhice a chegar, hoje, ou quando calha Ensinando que a vida é, dia a dia repetida Que não há baús para o que tanto sofrera E no meu caminho haveria, escusado luto . Agora, e quando a morte já se faz amiga Esperneio-me pleno de raiva e não choro Que não encontro dela, afago que preciso E nem descanso a cabeça no seu regaço . E tu em meiga carícia, qual celeste cantiga Ofereceste-me, Maria, esse teu infértil colo Para descansar a alma, e ter no teu abrigo A foto e o nome dum corpo que não abraço
.. Cito Loio |
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