Fica...
Poema feito para uma amiga especial, que guardou o seu amor, por um amigo e companheiro, durante mais de quarenta anos, sem o ver e sem que ele soubesse desses sentimentos. Confidenciando-me "que não conseguia escrever em verso o que a sua alma contivera durante décadas", não me contive, e escrevi um poema para que ela pudesse oferecê-lo ao homem que o destino quis, colocá-lo no seu caminho. | |
. HÁ TANTO SEM TI . Brilharam múltiplas lágrimas, incontida alegria O sorriso abriu-se, iluminando qual pura alma E tu, passado tempestades de quarenta anos Disseste entre mudo cântico de doce encanto Amo-te sim desde calada fundo de pequenina . Guardaste-me sozinha, fosse noite ou fosse dia Emoldurado nos cálidos olhos da cor da calma Depois da travessia por montanhas e enganos Carregada de Ilusões, risos promessa e pranto Mas com o mesmo amor indivisível de menina! . E eu com o peito dorido pela ferida da surpresa Na garganta um nó enfeitado luto de amargura Perguntei-te que mulher eras tu, e que menina! Para enclausurar tão grande amor por décadas Um eterno, um para amar por toda a eternidade . Não respondeste, e sonhadora, quedaste queda. Percorrendo corpo em apertado abraço e ternura Envolvendo-me com um silêncio de baixo a cima Alertaste-me sem falas, e sem palavras pérfidas Sou para ti, com amor sem dimensão nem idade . Para ti MEL do Cito, Lisboa, 15 de Agosto 2010 |
1 comentário:
Felizarda MEL que recebeu este lindíssimo poema!
Parabéns, Adolfo por tanto engenho em poesia!
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