E continuo...com semáforos do futuro
...
apitos prateados feitos de latão e luvas sem vestígios de sangue...
...só desceu da memória ao terreno quando alguém ao seu lado, delicadamente tocou no ombro ao mesmo tempo que apontava o verde que entretanto reaparecera no poste do passeio contrário ao que se encontravam fazendo estremecer como se tivesse sido atingido por uma descarga atirada por um raio voltaico.
Ao seu lado uma jovem extremamente formosa, reluzentes olhos da cor do gozo mala a tiracolo cabelos soltos ao desafio sapato raso sem fivelas vestido liso moldando insinuantes ancas, sem óculos escuros tatuagens ou piercings, dava mostras que o mundo ainda não perdera o encanto das pinturas de Rembrandt mantendo as amarras ao passado, que sem delongas aligeira o passo atravessando a avenida respeitando a passadeira ao mesmo tempo que obrigava o homem que momentos antes alertara para a abertura do sinal a apreciar pela posição retardada o bambolear dum corpo a fugir do período da adolescência.
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