Sem casa...
O caso da Casa Pia dos meninos sem casa!
Sem acusar, apenas reflectir sobre o caso mediático da Casa Pia.
Foi um azar tremendo o empate da selecção de Portugal contra o Chipre, retirando aos arguidos, condenados a penas de prisão, a importância de vociferar nos órgãos de comunicação social impropérios, que alguns entendem ter, contando com a colaboração dos seus advogados, que nalguns casos, demonstraram a sua Incompetência em conseguirem a total absolvição e acusando, porque desta vez interessa aos seus bolsos e ao seu nome profissional, que os tribunais agissem com má fé
De qualquer forma, e de acordo com a Presunção da Inocência, os arguidos são CULPADOS, declarados pelo Tribunal.
Assim, como pretensos criminosos, até prova em contrário e em definitivo, não têm o direito de dar entrevistas e muito menos de acusar seja quem for, e da forma inadmissível como alguns o fizeram.
O “report” para o passado antes do 25 de Abril de 74 e a semelhança de atitude em comparação com a antiga PIDE por parte de um dos réus, para além de infantil, sugere-me um rebater de opinião, dizendo que, nesse tempo, se em vez de oficiais de pacotilha a liderar os actuais processos criminais contra o Estado, porque violar as crianças que o Estado Português é fiel depositário da sua segurança, é crime, tivesse os tais agentes Pidescos, o senhor Carlos Cruz não dava entrevistas, não falava, a não ser para confessar até o que não fizera se caso fosse preciso.
Mas o que assisti é a Sublimação da Desavergonhice de um País que permite que criminosos saiam pelo seu pé e ainda insultem magistrados em pleno tribunal, e depois se dirijam para hotéis de 5 estrelas para falar, quando deviam estar calados, esperar os recursos e depois, se a culpa não fosse provada, falariam da sua justiça.
Não estávamos perante mera violação
Foi contra os portugueses que o crime foi cometido; contra os nossos filhos, contra parte do nosso futuro, contra a nossa continuidade como espécie.
A pedofilia é um crime que lesa a humanidade, e atenta contra a continuidade da preservação equilibrada e saudável da espécie humana – este tipo de crime é intemporal, não deve nem pode, de acordo com a essência da vítima, ser catalogado faseado ou atenuado; só existe uma pena, e terá de ser a máxima, tendo em conta que foi extinta a pena capital.
Se acaso estes arguidos, réus julgados e condenados, com privilégios inconcebíveis, são inocentes, então que o País saiba da sua inocência, e termine o processo com as tais indemnizações que acabam por beneficiar os criminoso, quando a Justiça não se faz ou prescreve intencionalmente o prazo.
Se são culpados, então as conferências de imprensa seriam, se acaso os tais Pidescos andassem por aí,
O que se passou, mostrou aos portugueses, que afinal o Direito é mesmo uma batata, que de Ciência só tem a vaidade daqueles que estão na área, porque apenas se trata de um bom negócio de Conveniência, em que as leis são manuseadas de forma a que as conclusões se façam de acordo com interesses disfarçados e por vezes ignóbeis.
Muito há que fazer nesta matéria, agravado pelo facto que, depois do tal 25 de Abril, a mediocridade assumiu o comando e estropiou a decência. Vivemos num mundo da doutocorrupção, da vigarice intelectual, do mundanismo da besoguice, em que mentecaptos que aproveitaram a passividade dos seus concidadãos, assaltaram o poder.
Por isso, talvez aos arguidos, fosse interessante perceberem que, só andam por aí, porque neste país se prende por roubar uma maçã para comer, por se ter fome, e se deixa solto a escória disfarçada que mata os sonhos das crianças, que as viola.
Qualquer daquelas crianças podia ser um de nós, inclusive os próprios criminosos. Elas mereciam, no mínimo, que as respeitassem só pelo facto de não se poderem defender.
A prisão para este tipo de crime é pouco e só serve os interesses mediáticos e dos advogados.
Os cúmplices de criminosos são criminosos e devem ser igualmente punidos – e não se esqueçam disto, os senhores advogados de defesa, agora que já sabem, porque o tribunal julgou e condenou porque deu como provada a culpa do crime, que estão a defender conscientemente culpados.
O ditado neste caso deve ser ajustado: Diz-me com quem andas, dir-te-ei quanto ganhas...
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