Retrovisor da vida
.
Quando escutei o grito do coração, senti requebrar as minhas penas, toda a minha perdição, toda uma Schi que não pude amar e o universo que deixámos de construir.
Depois permiti que este poema destruísse a veleidade de ser poeta, ao ver que a projecção de ser Camões, Bocage, Junqueiro, Castro, era ofuscada pela possibilidade do renascer de uma nova Espanca. E deixei que a voz do silêncio me condenasse à profundeza de um amor que ficou perdido numa fortaleza avarandada à baia da minha perdição.
De olhos postos no meu passado, na vida que incautamente deixei perder, no grito triunfal de Aida, submisso exijo mais encantos e menos recantos onde me esconda, para que possa ler mais notas do paraíso.
Que a tua vida não seja só um poema apagado no apontamento do meu bloco de notas.
Bem-vinda poetiza
.
Adolfo Inácio
.
| ||
. .
UM AMOR EM SILÊNCIO . By, Maria Oliveira 4 de Setembro 2010 | A música toca o poeta escreve aquela canção de amor desesperado inspira o triste solitário escravizado já nada lhe serve mas tudo o provoca . Chega a madrugada ainda negra cansado fecha os olhos o sono ainda não chega puxa uma manta que aconchega o corpo sofrido por escolhos mil vezes retalhado na refrega. . Quantas batalhas travou o pobre poeta que escreve sobre tantas mulheres que já amou. . Agora o dia clareou chegam os sonhos adormecidos a caneta escorrega sem sentidos. |
1 comentário:
BELO TRABALHO, no todo e nas diferentes partes que o formam. Parabéns
Enviar um comentário