sábado, setembro 11, 2010

Daltonismo...

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Aos que são o POVO deste PAÍS


Ontem, 10 de Setembro, entrei num bar lá para as bandas de Campanhã, cerca das 21h e comi por 2, 95 €, uma Patanisca de Bacalhau, uma Toscana, e um taça de Verde “Brando” da região e da casa, que sou daqueles que defende o que bom é português, nem que não seja só no vinho e no fado.

Senhor 1º Ministro, senhores presidentes dos Partidos da Oposição, P. República e outros que tais, responsáveis por defender o Povo Português, concluí que comer em Portugal é BARATO!!

But, is true, que é preciso ter o tal EURO, e há quem nesta Pátria nem os tais 2,95 tem para comer o dia todo – e quem já teve só 1 euro para comer o dia inteiro, para que os filhos não sentissem a cor da miséria, carrega dentro do peito o sabor do passado.

Hoje de manhã, ao acordar, senti uma amargura dentro, lembrando-me das(os) que se governam, dos média a meterem pela nossa casa a dentro tudo quanto é pedófilo, ladrão, vigarista, puta, panasca, escroque assassino, que pulula por este “enrabado e mal pago” País

Escrevi pensando nesta Pátria de Cor Parda, rasgando as folhas de um bloco de apontamentos, partindo duas teclas do PC, indo à procura de algum português que me acompanhasse na dor e na revolta de ver Lusa terra conspurcada pela nojice noticiosa.

E lembrei-me de um dos “Baladeiros” que mais aprecio.

Obrigado Pedro Barroso, um Poeta (como tantos outros) esquecido pelo Ministério da Cultura e do da Educação; claro que “alçamos” os mais letrados, sobretudo a assinar recibos de vencimento pago pelos portugueses que não têm dinheiro para comparar livros para os filhos, nem os tais 2,95€ para comer numa tasca de uma cidade cinzenta, capital da revolução...

VIVA um PAÌS que fez uma REVOLUÇÃO para ter parte dum POVO a passar FOME

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À PÁTRIA DALTÓNICA

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Porque nos cantaste ninfa de penas brancas

Quando andámos e cegos em terras do Negro

Daltónico Camões, “qual a tua” e teu segredo

Ao transformar diabinhos...em castas santas

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Epopeiaste o futuro desse teu esquisito povo

Que se foi perdendo em clara estupidificação

Ao deturpar cobarde, os cantos da tua Nação

Fazendo-te, tão-somente o incómodo estorvo

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E triste, vejo-te, na Taprobana, e amargurado

Tocando na tampa dum caixão à cova escura

Derrame de Bocage, a lágrima também atura

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No momento que os aboliram à palavra o fado.

Já não lendo no teu Lusíadas dor da saudade

Desta pátria ancestral o tempo de tenra idade

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Cito,

11 de Setembro de 2010

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