a Freira
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. “Prazer de freira”
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Soltou a cadela na praia, aliviando-lhe a tensa coleira
Despediu-se da vergonha e da larga batina de freira.
Ao mostrar um corpo cravejado com curvas sinuosas
Levando inocente desejo às mentes sujas e maldosas
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E o único ornamento, pendurara ouro crucifixo ao peito
Qual grilheta luzidia como cruz, sinal de mero respeito
Ao desviar serena o olhar pelos corpos pecaminosos
Que fizeram por momentos imaginar sabores gostosos.
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E numa corrida fugaz, vindo à lembrança, do tempo ido
Entrou numa caravela ancorada nos areais de paixões
Revivendo seus amores, e o sexo nunca antes contido
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Mas ao tomar o hábito, e Cristo como seu único marido
Entregando-se às rezas e à leitura de bíblicos sermões
Sarou réstias de chagas limpando de vez o corpo ferido.
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