Se dentro útero
DENTRO DO
ÚTERO SE FEZ VIDA
Queria, deambular pelo teu pescoço
descer pelo peito, espreitar ao umbigo,
e ver se no útero guardas existência;
_ subir do joelho ao rosto e numa carícia
revoltear ‘último oceano escondido!
- Lavar-te os ouvidos com pura saliva,
e dizer ao mundo debruçado à janela
aqui mora quem me deu a matriz.
E ainda, que fosses no meu quintal poço
de água cristalinas, e do arejado postigo
ante aplausos arrancados à penitência
acenando-me com gestos de perícia
dissesses – Vem, quero estar ‘sós contigo,
aconchegar-te que ainda estou viva!
–Eu, vestido delicado pijama de flanela
adormecer ao teu colo, como nunca o fiz.
Cito Loio
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