Já me tombo
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(…das
lágrimas que fui perdendo e os amores da minha vida; - como tu pai, também
amei uma por toda a vida sem nunca o confessar; hoje às portas de seguir teus
passos, digo ter sentido o afago das suas mãos quando me acariciava o destino
através da pele do seu ventre)
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Esta era a
tua ária na voz de Gigli e esta é a minha, numa versão moderna igualmente
dilacerante, que quero tocada na hora que este teu filho diga adeus.
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JE CROIS ENTENDRE ENCORE
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Je crois entendre encore,
Caché sous les palmiers,
Sa voix tendre et sonore
Comme un chant de ramier!
O nuit enchanteresse!
Divin ravissement!
O souvenir charmant!
Folle ivresse! doux rêve!
Aux clartés des étoiles,
Je crois encore la voir,
Entr’ouvrir ses longs voiles
Aux vents tièdes du soir!
O nuit enchanteresse!
Divin ravissement!
O souvenir charmant!
Folle ivresse! doux rêve!
Charmant souvenir!
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POR SÓ, JÁ SE TOMBA...
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Acorrentei-me
mais de quarenta anos
digladiando
escusados enganos,
inúmeros crimes
que ficaram por punir
e mulheres que
mal sabiam mentir
Sei de dois
filhos, ímpar tesouro de resto,
sangue do
sangue que não contesto;
_ enlaçada a
saudade única companheira
s’entardece
quando a noite já se abeira
Aceite as equivocações, chegada
‘altura
ver-se-á pelo
diáfano, qual branca pomba
carente de ti o
corpo que por só já se tomba…
e suportando o
silêncio por cobertura,
corrijo mil
promessas sem sentido
esfumadas ante
a morte, (eu) já vencido.
Cito Loio
Agosto 2015
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