quinta-feira, julho 09, 2015

Para lá caminharemos


 
 
PARA LÁ CAMINHAMOS
 
 
 
 

 Sentindo que para lá caminhamos, ultimei a decisão de abordar o tema da Grécia, que me magoa e entristece, razão primeira de solidariedade e por transportar aos ombros a enorme traição europeia, à minha família a muitos dos meus amigos e à minha gente, obrigando-me por consciência a manifestar publicamente o repúdio e nojo sentido quanto a políticos contratados que ganham fortunas à custa de impostos aplicados a um povo que agoniza a caminho ada morte lenta e anunciada, antecipando-se o cenário de velhos a morrerem de doenças tratáveis ou superlotarem as filas da doença da fome, não esquecendo ainda alguns comentadores e jornalistas incapazes de disfarçarem as suas tendências politico/partidárias e o medo de perderem protagonismo e outras perdas que daí advêm, ficando-lhes porém bem pensar 2 vezes antes de falar para o povo como se este fosse mentecapto e não soubesse que após a extinção do Crime Lesa Majestade concebeu-se há alguns anos o de lesa inteligência.

De facto e perante tudo o que se tem passado «ditos e escritos» ao longo destes últimos meses sobre a Grécia do Siryza, especialmente na semana que antecedeu o Referendo e uma memória curta que o tempo ainda não permite configurar em história, vi-me confrontado com o regozijo e aplausos à manutenção da desgraça que atravessa pessoas que vivem das suas reformas, inculpados do que foi decidido pelos anteriores governantes, e em que o seu pecado capital foi o exercício do direito de voto, muitos já sem idade para se defenderem da austeridade que se advinha no caso da Europa dos 18 sair vencedora neste ataque brutal que está a fazer e fez ao um povo que apenas rejeita perder a sua soberania e a saída forçada da terra que os viu nascer, para o sonho da Europa do Norte se poder concretizar (segundo o que Adriano Moreira sabiamente referenciou na entrevista de 8/7 do corrente ano a uma TV) e escravizar os países do sul através do dinheiro, algo não conseguido através de 2 guerras hediondas contra quem hoje a leva ao colo.

Triste e magoado sim, mas de boa memória, e por conseguinte decidido a não calar a revolta sobre o que o Governo português e parte da opinião pública disseram e fizeram contra o seu parceiro europeu a começar pelo 1º ministro que devia eximir-se de se pronunciar sobre decisões dum país soberano esquecido talvez por ignorância etária que a pátria lusitana viu morrer milhares de militares nascidos na “Metrópole” numa guerra contra movimentos (entre eles um de má memória com a sigla UPA) chefiados por quem estudou nas universidades em Portugal desconhecendo-se quem pagou os estudos nas ditas colónias as viagens para o continente r quem sustentou durante o tempo que por cá andaram, mas já sabendo quem foram os países desta CEE que no passado apoiaram os tais grupos que disparavam contra pais avós maridos tios e amigos, enfim gente da mesmo país destes novos governantes e comentadores, no fundo uma classe política e afins (com as devidas ressalvas) tão incriminada no processo de fazer ajoelhar humilhantemente a Grécia como aqueles que andaram a apoiar no passado quem matava portugueses, militares ou civis, tão oprimidos pelo Estado Novo quanto os que fugiam para a Europa dos Marcos e dos Francos.

Hoje após assistir à vergonhosa manifestação de ingerência quase ultimato a um país soberano, mesmo depois da vitória do OXI, pergunto-me se há razão para manter esta União (?) tal como ela se apresentou no PE, em que representantes de países enlutados por milhões de mortes pelo Nazismo em vez de exigirem à Alemanha a mesma solidariedade com que foi agraciada perdoando-lhe uma dívida, à época, infinitamente superior ao que a Grécia hoje deve, e que pede tempo para resolver os seus problemas internos dizendo pela boca do seu 1º ministro que querem pagar, desagradando-me a imagem de alguns responsáveis que intervieram no parlamento europeu dia 8/7, onde quase pude perceber uma Cruz Suástica no meio da Íris.

 

Inácio

9/7/2015

Sem comentários:

 
Web Analytics