Para lá caminharemos
PARA
LÁ CAMINHAMOS
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De facto e perante
tudo o que se tem passado «ditos e escritos» ao longo destes últimos meses
sobre a Grécia do Siryza, especialmente na semana que antecedeu o Referendo e
uma memória curta que o tempo ainda não permite configurar em história, vi-me
confrontado com o regozijo e aplausos à manutenção da desgraça que atravessa
pessoas que vivem das suas reformas, inculpados do que foi decidido pelos anteriores
governantes, e em que o seu pecado capital foi o exercício do direito de voto, muitos
já sem idade para se defenderem da austeridade que se advinha no caso da Europa
dos 18 sair vencedora neste ataque brutal que está a fazer e fez ao um povo que
apenas rejeita perder a sua soberania e a saída forçada da terra que os viu
nascer, para o sonho da Europa do Norte se poder concretizar (segundo o que
Adriano Moreira sabiamente referenciou na entrevista de 8/7 do corrente ano a
uma TV) e escravizar os países do sul através do dinheiro, algo não conseguido
através de 2 guerras hediondas contra quem hoje a leva ao colo.
Triste e magoado sim,
mas de boa memória, e por conseguinte decidido a não calar a revolta sobre o
que o Governo português e parte da opinião pública disseram e fizeram contra o
seu parceiro europeu a começar pelo 1º ministro que devia eximir-se de se
pronunciar sobre decisões dum país soberano esquecido talvez por ignorância
etária que a pátria lusitana viu morrer milhares de militares nascidos na
“Metrópole” numa guerra contra movimentos (entre eles um de má memória com a
sigla UPA) chefiados por quem estudou nas universidades em Portugal
desconhecendo-se quem pagou os estudos nas ditas colónias as viagens para o
continente r quem sustentou durante o tempo que por cá andaram, mas já sabendo quem
foram os países desta CEE que no passado apoiaram os tais grupos que disparavam
contra pais avós maridos tios e amigos, enfim gente da mesmo país destes novos
governantes e comentadores, no fundo uma classe política e afins (com as
devidas ressalvas) tão incriminada no processo de fazer ajoelhar humilhantemente
a Grécia como aqueles que andaram a apoiar no passado quem matava portugueses,
militares ou civis, tão oprimidos pelo Estado Novo quanto os que fugiam para a
Europa dos Marcos e dos Francos.
Hoje após assistir à
vergonhosa manifestação de ingerência quase ultimato a um país soberano, mesmo
depois da vitória do OXI, pergunto-me se há razão para manter esta União (?)
tal como ela se apresentou no PE, em que representantes de países enlutados por
milhões de mortes pelo Nazismo em vez de exigirem à Alemanha a mesma
solidariedade com que foi agraciada perdoando-lhe uma dívida, à época,
infinitamente superior ao que a Grécia hoje deve, e que pede tempo para resolver
os seus problemas internos dizendo pela boca do seu 1º ministro que querem
pagar, desagradando-me a imagem de alguns responsáveis que intervieram no parlamento
europeu dia 8/7, onde quase pude perceber uma Cruz Suástica no meio da Íris.
Inácio
9/7/2015
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