Homenagem a Roberto Carlos
APENAS MAIS UM
Rolando
pela estrada longo o percurso,
na
cabine (um homem cumpridor)
retracto
familiar, limpo tablier;
_
carteira telemóvel cigarros avulso,
invisíveis
dedadas marcas de dor,
passada
fronteira, para Montpellier.
Crente
havia sido dum amo r eterno
aos
seus, duma inquestionável abnegação
(fotografado
em fato de noivo no altar)
dessabido
que as labaredas do inferno
queimam,
seja religiosa a salvação
se
afogado na areia pelas ondas do arfar
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rodados, absorto, ritmava com o asfalto
imperceptível
ruído no eixo dianteiro
(abafado
por fados d’emissora nacional)
que
não dera conta – o rádio estava alto!
-
Deteriorara-se o camião à falta de dinheiro
que
pudesse garantir manutenção ideal.
Atravessara
conta própria o Continente
carregando além de mercadoria
luto
de uma família porém desfeita
sucumbida
num terrível acidente
que
ele culpado jamais se perdoaria
das
mortes, inocência insuspeita.
Resvala
o atrelado pelo precipício,
na
página da necrologia mais um defunto;
_
para Emiliano, terminara o suplício
sem
do desaparecimento vir mal ao mundo
Cito
Loio
29/1/2015
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