quarta-feira, novembro 19, 2014

Só ao meu colo...

Novembro, para os que me conhecem e sabem um pouco da minha história é um mês enlutado, difícil de digerir, e à medida que vou "crescendo" cada vez mais se torna difícil enfrenta-lo, para além que a solidão não ajuda.
No entanto quando 2 alunos do curso de Psicologia em fim de licenciatura me pediram para colaborar na feitura um trabalho para apresentarem na Universidade Católica relacionado com Envelhecimento Activo  não hesitei.
Foi um prazer, e os 3 grandes pontos para esse envelhecimento ser activo e positivo foram:

1- Ter dinheiro suficiente para não se enclausurarem
2- Dançar, como forma de libertação do corpo e combate ao sedentarismo

Claro que o 3º ponto não foi transcrito para o trabalho pois referia ser um dos pontos para que vivêssemos activamente, "mandar à pata que lambeu os gajos que nos lixam" desopila o fígado...

Infelizmente só posso deitar mão a este último ponto que o 1º está fora de questão, e para o 2º falta-me parelha, mas lembrei-me de dizer isto a uns amigos que se ofereceram para me visitarem
«Meus caros a minha casa é tão pequena que só posso receber 1 senhora de cada vez dado que tem de se sentar ao meu colo...!»

 
Entretanto continuo a carpir mágoas

AOS MEUS O QUE NÃO OUSO
.
 .
Ó memória não me impeças repousar
  de meus cuidados, de meu lamento
  dum luto nunca deixado de acarretar.
  _ só aliviado quando me for de momento!
.
 Por não conceder à pátria exigência
  mitiguei revoltas com brandas mágoas
  aspergido meu fado e pela ausência,
  partido os meus, exauridas as lágrimas
.
 Longe a sepultura, perto o desfavor
  das carícias que não espero no repouso
  onde afronto demónios sem temor
.
Arredado porém, da vida os horrores,
  o q’ora sinto a meus filhos dizer não ouso
  pois dizê-lo, era avocar só desamores
.
 .
Cito Loio
  14/11/2014
 



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