Soneto a Angola
Voltei de fugida porque…
Fez no passado dia 11 (Novembro de 75) que se deu a independência da terra onde nasci. Tenho escrito algumas coisas a respeito dela mas este é talvez a mais sentida de todas as reflexões.
Para aqueles que sabem um pouco de história de Angola perceberão o que sinto, o que senti, e o sentimento que por ela conservo (por a ter pele e no ADN)
E porque continuo vagueando pela incerteza do meu futuro lavando o presente nas águas do passado escrevo em honra de dois grandes homens:
Adolfo Castelbranco
Francisco das Neves Castelbranco
Muito obrigado, e que nunca permitam (Se lá no assento etéreo) que minha alma e perca, que meu corpo foi-se fragmentando pelos 4 cantos o mundo..
SONETO A ANGOLA
Tenho por mim (e vós) enorme respeito,
mantenho intacta do berço ‘decência
chorando anos a fio a ausência
de minha terra, esta forma e jeito
Em cada grito declarei a agonia
de não ver do alto d’ agrestes montanhas
rios q transportavam dores tamanhas
duma independência q chegava a mim tardia
Por esse respeito, e por ela também tida
apaguei escritos contendo acusações
remetendo ao silêncio a revolta
E por demasiado afastado fui contido
arquivando na memória ilações
para q não errasse, havendo um dia volta
Cito Loio
(carta do Inácio)
16/11/197…..2012
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