sábado, junho 25, 2011

O que nos rimos com o Púzia...!

Poema brincalhão, revisitando a infância, os amiguinhos, nossas loucuras, e sobretudo a cama elástica do nosso crescimento.

Que me desculpem os que ficaram de fora mas não se trata de romance e não cabiam todos…!

Felizmente a lembrança não ocupa espaço na memória



RISOTA NA CASOTA


Corpo esbelto de mariposa
Serpenteando pela calçada
Vai fresca ó que gazela
Vendo incrédula a rapaziada

Esgazeados, quais Tarzans
Juravam dar meia dúzia
Tomás, Cito, e Manuel Púzia
Só uma parte dos mil fans!

Descia a noite prima do medo
Oito anos, nove se tanto
Ainda idade de muito pranto
Se não fossem pra cama cedo

No jogo erótico da cuspidela
Esgalhavam’inhoca os otários
Sem s’importarem c’os horários
Em noite d’insónia, culpa dela

De manhã, era só fanfarronice
Nem imaginas o que lhe fiz
Cala a boca ó aprendiz
Deixa-te dessas cretinices

Entre algazarra confusão
Fech’a dentuça já te falta um
Tu! Ficaste masé em jejum
Com medo do senhor papão

Enquant’os tolos se digladiavam
Zi, Faty, Tizinha e companhia
Imaginavam-se noutra orgia
Onde os putos não entravam!

Inexorável o tempo espreita
Regista o tempo no calendário,
O que não quisemos em diário
Mas que só a nós respeita

Agora c’novos meios de filmar
Vendo-as mais femininas
Recordo as doces Felisminas
E o quanto nos fizeram sonhar

Cito Loio

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