| SALTO
Por entre luas e estrelas, salto Entre ela vislumbro Espanca E em Florbela nada me espanta
Por entre flores e arbustos, salto Vendo Junqueira circunspecto Homem austero mas bom aspecto
Por serras e serranias, salto Vejo Ramalho, está na reforma Junto à Marquesa de Alorna
Por montes e vales vou e salto Carregando de Cesário comigo A musa de um poeta antigo
Por cafés e esplanadas, salto Esbarro em Pessoa, mostrengo E a tudo a que não me prendo
Por mulheres e amantes, salto Para dar no final em fria laje Dois dedos de conversa a Bocage
Saltitando dou mais um salto Revisitando todos os poetas Com eles bebendo e sem dietas
Por fim hesito e não salto Que o talento de um Camões É maior q’as minhas’ambições
No final quis ser com’ele trovador Mas não cantar em verso a dor Legar ao futuro só a alegria Lembrança minha em companhia
Imortalizar em livro, meus valores Pátria de tantos conquistadores De velhas descobertas, nova rota De um valor que se não esgota
Mas tudo o que lavrado aqui, ficará Receio que a poucos chegará Num país q’está em rota de colisão E não s’acredita em D. Sebastião
Cito Loio 27-6-2011 |
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