sexta-feira, janeiro 14, 2011

Saudad...

Interregno,

Raramente falo de África, que me magoa, recuerdos de Viva el Comandante, de Conceição e Lurdes que não procuraram o pequeno Cito, de mim que me ostracizo na raiva contida por não as ter acariciado, na morte que tarda em chegar, no meu povo, Basuca, Vainelas,Tormenta, Vaitalha, Landy, Maria Sardenta, Lur, Risto e Condessa, Fatima, dela...e de ti que apareceste para ma recordares.

Deixem-me afastar de Muxima, Kuanza, Panguila, Bairro do Café, Ingombotas,Tundavala, e da mana Zi, Bety mano Tom...Lalinho, Dino de Morais onde estão, e todos que me poderiam mostrar o caminho da loucura.

Quero voltar! Não sei se me quero violentar, se tenho lágrimas para regar a campa dela, se a KALASH ainda tem formato de cruz, se a USI navega nas profundezas do Tejo que me viu chegar, ou se meus filhos sabem a cor do meu sentimento.

Não quero recordar o sonho dela querer ser Ministra da Guerra, Carmito vestir meninos pobres a custo zero, ou se a marca que ainda conservo por causa da Schvarza; ou se algum dia esquecerei a vontade de a ver “vestida de branco virgem com metralhadora ao peito no dia do casamento!”

Por isso hoje, Não me quero recordar dum tal “menino”, que limpava um escorpião de osso com um lenço de cor vermelho rubro, que mostrava uma ponta rasgada pelos dentes, e tinha um desenho enigmático – mas já não se viam as iniciais.

Porque precisamente hoje depois do meu neto ter feito 2 anos, quero apenas falar sobre a conversa que tive ontem com o Sol

.

POEMA PARA MIM

Olá Dom Inácio, menino Cito – tu por cá!

Disse-me galhofando o astro-rei sorridente

Ao que respondi de pronto bem eloquente

Sua Alteza Celestial – veja como o dia está!

.

Ficámos – “tucátulá” – derretidos a conversar

Sobre o passado e um presente sem futuro

Eu, queixando-me dum caminhar tão duro

Ele, largando raios e coriscos, a contrariar.

Cito,


Sem comentários:

 
Web Analytics