quinta-feira, junho 19, 2008

As que rolam por dentro

Relativamente ao acontecido no passado domingo e abordado com o título Malade , quero dizer uma coisa ao meu amigo e árbitro que assistiu o tal Campeonato sub 10 uma coisa singela mas que deixo a todos para reflexão
Meu querido (como dizem os brasileiros): Disseste que só viste chorar aquele menino; ao contrário, eu que nem sequer estava envolvido, percebi lágrimas noutros olhares. Claro que para alguém que tem um bocadinho de experiência nestas coisas da competição digo-te que não é a lágrima que rola na face de uma crianças que mais aflige…
São as que sabemos que rolam por dentro, com igual travo amargo das que não fui capaz de secar aos meus filhos
Quando critico não o faço por prazer mas por saber que uma das desvantagens da idade é o conhecimento que se tem do erro.
Fixemo-nos por exemplo nesse famoso programa do PNDT, aquele que serviu para analisar uma menina de 6 anos e um menino e outra menina de 8 ambos todos do mesmo clube, cujos exercícios e o grau de exigência foram rigorosamente os mesmos ; conclusão a menina e o menino de 8 anos foram excluídos
Acontece que agora eles não compreendem porque é que a outra foi escolhida até porque a menina lhe ganha sistematicamente a 0 (zero) independentemente de ser o set normal ou um short set, e com a maior das facilidades

O menino, esse nem se fala, porque inclusive já tem feitos alguns torneios no escalão de sub12 e tem tido boas prestações atendendo à idade.
Há enganos que custam caro e estes já deram sinais de não querer jogar ténis, a que obrigaram um esforço grande por parte do treinador e pais


Poderão sempre argumentar uma série de disparates mas a verdade é que os resultados no ténis falam por si, bastando ver os gráficos evolutivos da modalidade em matéria de rankings; quando falam de evolução hoje , em comparação com o passado, lembro que anos atrás os iniciados (sub 10 anos) jogavam com bolas normais e hoje jogam “campeonatos” com bolas Mid (?) criadas especificamente para uma fase inicial da aprendizagem e não para…
Claro que temos um Concelho Técnico que vale o que vale e serve para muito pouco,,,

Não falo por falar ou melhor “por escrever” mas faço-o porque este caso está-me próximo, e se acaso fosse dirigente do clube não restem dúvidas que a FPT teria que arranjar especialistas de ténis para me explicar os critérios da escolhe, e posso garantir que dificilmente me convenceriam só com técnicos portugueses, (nem que metessem a página 44 «das 96 do programa Educa-ténis para o escalão dos 13 anos» no meio das folhas do escalão de 6 anos).

Para além de haver uma diferenciação de 2 anos de idade há diferenças abismais de comportamento e na consciência dentro do mesmo período de infância
Façamos contas …
A- 1 menino/a nascido a 31 de Dezembro 1995
B- 1 menino/a nascido a 1 de Janeiro 1994
Ambos são infantis em 2008
A diferença ente é de 1 ano 11 meses e 30/31 dias!!!!
Coisa pouca sem significado ….
È só a diferença no futuro de jogar aos 44 anos contra um veterano de 35 que jogou o qualy do Porto Open…e no ano seguinte já se poder desfrutar a beleza de um encontro com um amigo que apenas é veterano…

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