EM SOLITÁRIO
EM SOLITÁRIO
Quando choro faço-o a sós e em solitário
impedindo que se constate ou me vejam
carregadas dores de um estranho pranto;
_ sem palhetas tomado súbito d’encanto
dedilhando profundas rugas que m'aleijam
busco remédio no fundo do meu armário.
Ao chorar vou até ao fim doutro mundo
comparar os voos de um derradeiro amor,
já vivido itinerário – Longe ficou ‘liberdade,
que viver só é como morar com ‘saudade,
rezar sem fé a um qualquer Nosso Senhor
salmos, em puro estilo do Quimbundo.
Vendo-me aqui, até as estrelas soluçam
solidárias com a contrição de meu espírito,
mesmo se fingindo choros de exultação.
E sem falseamentos que 'marcas abundam,
curo penas com solfejos sem canto lírico
por ultimado os acordes desta nova canção.
Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)
25/7/2016, terminado a01/08/2016
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