TALVEZ (UM DIA) POSSA AMAR OUTRA
Para aquela que um dia amei acima de tudo de todos e existindo do próprio Deus.
Nesta hora que se aproxima a derradeira batalha final da qual despojado de armas atravessarei os caminhos do desespero num abraço terno, encostado ao meu único amparo direi Amo-te como nunca fui capaz de amar outra, pois continuei a amar-te agarrado ao teu sorriso de morte quando num sussurro lânguido me disseste "hasta la vista comandante"
TALVEZ (UM DIA)
Talvez um dia te carregue em cima dos ombros
e num paraíso distante, longe ’más criaturas,
corramos descalços no areal, de novo cristalino
duma praia tão nossa como a deste Criador,
para mergulhados nas águas vendo calmo ‘mar
fazermos um filho igual àquele que perdemos,
sem delações, renovando ‘nome à Liberdade.
Talvez d’espera, sem anuência ou desassombros
fui-me perdendo em incalculáveis aventuras
conservando delineação de apropriado destino,
e ostentando o regozijo de descontinuo clamor
(outros por natural ordenação) fiz desabrochar.
- Face a uma espécie de Deus que não tememos,
amar-nos-emos, em união de facto, de verdade.
Talvez um dia seque este pranto nas tuas saias,
ou quem sabe s’entr’afagos sem código de barras
reviva, desfeitos os lençóis, a última queimada.
Talvez repentinamente e sem censura ou vaias
acariciando-nos afoitos, desbastadas as garras,
pintaremos a paixão q’em vida vimos negada!
Cito Loio
(Poema sem data ou valor)
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