domingo, dezembro 31, 2017

Feliz 2018



O QUE SEMPRE QUIS


Dispenso palavras de falso agradecimento
mensagens carregadas de boas intenções,
calculados sorrisos com ar "ternurento",
salpicados postes c' pinceladas d'emoções.
- Desejem-me tão só umas óptimas entradas,
e que o amanhã não m'apareça enlutado
nos desfiles com gente em poses ensaiadas
vendendo notícias, já garantido 'ordenado.

Chegado fim d'ano contem (12) badaladas 
degustando passa a passa por cada hora,
e antes que as Janeiras sejam cantadas
impeçam que a esperança saia porta fora...
...e seguro entre dedos taças de champanhe
recordem-me pelos Poemas que não fiz
pedindo que por sorte 'saúde m'acompanhe,
riqueza que vos desejo, a que sempre quis.


Cito Loio



quinta-feira, dezembro 28, 2017

SONHO INACABADO


...

SONHO INACABADO


Vou, e irei sem ti, e irei algum dia
mesmo q'estranha seja ausência
desse teu rosto carregado de inocência
que s'afastava enquanto me perdia.

Que brilhe então a luz sobre a terra
com lágrimas vertidas na escuridão
reflectindo desmesurada ilusão
de voltar 'abraçar-te depois da guerra!

Mas ido, saibas-me já sem regresso
e não te percas, que dá 'mundo voltas,
e imparável, ant'efémeras revoltas,
sigas fiel à memória, é tudo que peço.

Atendido em guarda com'um soldado,
sendo armado d'estrelas cadentes
não permitirei que dia algum enfrentes
quem promoveu este sonho inacabado


Cito Loio
(Poema sem data nem valor)

quarta-feira, dezembro 27, 2017

MAS NÃO MUGE


TUGE MAS NÃO MUGE 



Reporto-me por ora ‘esta singela falácia
escutada da boca duma tal dona Engrácia,
à entrada (ou saída) de uma velha farmácia,
trazendo pela trela um lobo da Alsácia;
_ dizia emproada a dita cuja senhora
(há muito emigrada de Telhados de Coura)
que no passado, tempo da «outra senhora»,
só era fadista quem fosse de facto cantora,
rematando (visível já a falta de dentes)
no tempo actual haver políticos repetentes
agraciando reciprocamente presentes
lixando ‘povo que já nem range os dentes.

(Ela)

Veja lá querida e amiga Gisberta Venância
nem disfarçam adquirida gula e ganância
do tempo dos bidons villes “da infância
quando fugiam ‘salto pelas rutes de Frância

(A outra)

Claro que tudo o que se passa era escusado
pusessem-lhes nas mãos um firme cajado
preso às costas e à cintura pesado arado
e se refilando um pequeno tabefe bem dado

(Ela)

Estou em crer nem preciso seria assim tanto,
ríspido raspanete e soltava-se-lhes o pranto
que eles gostam é de andar no gamanço
“tabuletes “ nas mãos já que o Zé é manso


(A outra)

Olhe prima Engrácia está cheia de razão!
_ já não há porém quem defenda esta nação,
onde se viola descaradamente ‘Constituição
e a soberania letra morta duma canção

(Ela)

Sábias palavras distinta prima Gisberta
adivinhando-se vir por aí a morte certa
nesta democracia feita para gente esperta
q’aos desventurados já nem o cinto aperta;
_ e se acaso houver novamente eleições
garanto-lhe que verá montanhas de coirões
exibindo fatos caros com doirados botões
entre um povo acotovelado aos tropeções,
e sufragado, qualquer que seja o governo,
teremos à frente da pátria um estafermo
prometendo salvar este decadente ermo
fazendo dele um apelativo país a termo…

(A outra)

Bem dito…mas por obrigação vou indo
e mais vale levarmos a vidinha rindo…

 (Ela)

- Beijos pró esposo, igual para Carolindo
o seu garotinho deve estar lindo!!!

Sabendo que ‘populaça tuge mas não muge 
por ciência, que afinal é ‘leão que ruge,
despedindo-me abalo que o tempo já urge,
e bruscamente ‘imponderável às vezes surge.



Cito Loio
19/11/2015

terça-feira, dezembro 26, 2017

Ninguém sabe

E quem  sabe de mim ou da minha vida!


domingo, dezembro 03, 2017

ALIANÇA PARA A ETERNIDADE


ALIANÇA
 PARA
 A 
ETERNIDADE




Preparava-se o sol para se esconder para além da linha do horizonte quando repara num vulto masculino, estático, calças arregaçadas evitando que se encharcassem com uma onda atrevida, descalço, mas em simultâneo permitindo que a fraca ondulação que se enrolava em confidências com a areia da praia da Restinga lhe refrescasse os pés e provocasse a reconfortante sensação de ainda estar vivo. 

Mais além o astro-rei, proprietário da vida existencial no planeta, num acto de solidariedade voluntária para com o homem, atrasou a descida em direcção à outra metade do mundo, e ordenou que os raios de luz que emanavam da sua benevolência impregnassem por mais uns minutos o oceano estendido entre o desconhecido e a orla marítima daquele território, um dos que já iniciara a caminhada para um futuro que poucos saberiam definir ou adivinhariam, dado que para crentes o provir só a Deus pertencia. 

No mar os tubarões-martelo deleitavam-se com as tépidas águas de um Atlântico Tropical perseguindo com gargalhadas salpicadas de sal os barcos que pescavam ao largo e dois navios em trânsito no Sul dirigindo-se para Norte na expectativa de receberam restos de comida lançada borda fora mas que os marujos sabiam que não conspurcava o mar dado que haveria quem com ela se entretivesse. As ondas por seu turno eram diminutas, o vento calara-se e a temperatura do ar atingira certa de vinte e oito graus. Novembro era e todos sabiam o penúltimo mês do ano, mas para aquele homem magro dir-se-ia de aspecto até franzino estava a ser o primeiro de um longo caminho em que teria de definir a própria vida. No bolso das calças trazia uma recordação que pelo significado incomodava mais do que qualquer objecto cortante, independente do tamanho que pudesse ter ou coubesse num espaço para o fim reservado, e ao lado, depositado na areia, uma mala de couro puro, guardava papéis que jamais poderia alterar; mais fácil para ele, quisesse, seria iludir o Estado manobrando valores na situação líquida da empresa.

Inadvertidamente instalara-se no rosto a apatia, uma ruga interesseira ornava-lhe a fronte, os lábios secos comprimiam-se tornando-os mais finos do que eram na realidade, os olhos de cor preta contracenavam com a cor do luto que lhe vestia o pensamento, e baixando a cabeça em direcção à “maleta” vê-se incapaz de suster o sorriso ao observar um minúsculo caranguejo a entrar no buraco feito na areia meia húmida deixando escapar entre dentes um desabafo – a natureza por vezes é perfeita – enquanto nas águas claras da rebentação pequenos peixes pareciam interpretar uma valsa de Strauss trocando sistematicamente de lugar evitando enlearem-se no plâncton ao mesmo tempo que uma Raia fêmea executava pequenos raids afim de abocanhar um cavalo-marinho ou camarão bebé que crescido um dia seria junto com os seus semelhantes regalo para muita gente em tardes de Domingo no Baleizão deitando umas girafas abaixo cheinhas de cerveja Cuca ou Nocal olvidando a semana de trabalho e preparando-se para mais cinco ou seis dias de luta, participando com o seu labor na construção duma terra que acreditavam também ser sua. Nas costas daquele ser humano uma cidade agigantava-se aos olhos de quem chegava ofertando-lhes imensas possibilidades de êxito e espaço suficiente a que os seus filhos pudessem brincar nos jardins praças ruas largos avenidas praias e até nas estepes imaginárias que uma criança sadia podia construir através de sonhos, mesmo que periodicamente fossem confrontados com o zoar dos mosquitos no momento de adormecer. 

A hora precisa balançava-se entre as seis e um quarto e as seis e vinte e sete da tarde, o calendário marcava o dia nove, há muito que terminara a 2ª Grande Guerra, as nuvens continuavam a desempenhar a sua função, os rios corriam para a foz, as leoas pariam filhotes de leão, o rinoceronte vivia feliz marrando contra o vento, veados e javalis tiravam férias nas planícies, os elefantes continuavam a ter tromba, e o resto dos seres vivos continuavam vivos. Duas gaivotas africanas, tão gaivotas quanto as europeias, cruzam os céus em desafio à lei da gravidade sem darem conta da gravidade do sofrimento daquele homem sentido, que com sentido as observava, ainda mudo, contendo um grito de raiva condenando o Criador.

Mais para o centro da cidade os automóveis circulavam ao ritmo do costume os sinaleiros controlavam os desvarios, autocarros não se atreveriam a desviarem o trajecto estabelecido, homens e mulheres seguravam como podiam os filhos endiabrados, na Capital Lusitana o dono da cadeira mantinha-se o mesmo deliberando como muito bem entendia e o ano chegaria ao fim depois do Natal, comemoração onde muitos fariam do evento uma festa enquanto outros vestiam a cor do desespero. No primeiro andar de uma vivenda situada na zona do asfalto, uma mulher casada mãe de dois filhos de dez e onze anos, ainda ausentes de casa, acabara de dobrar lençóis engomados, pertença do enxoval de casamento da cunhada falecida dias antes no hospital público da cidade onde moravam, espreitava o sobrinho recém-nascido que esbracejava no berço. Assumiria o papel de mãe pela terceira vez, tarefa facilitada pela experiência adquirida sabendo todavia que aquela missão teria prazo, mas ultrapassava no momento as dificuldades sentidas aquando tivera de cuidar dos seus próprios descendentes. Como lhe chamaria o fedelho quando crescesse? Mãe ou tia? Seriam os seus filhos irmãos ou primos, interrogara-se já. Ficaria o menino órfão toda a vida ou adormeceria um belo dia nos braços duma madrasta a quem nunca chamaria pelo nome? Sabia contudo que ele não trouxera do ventre materno nenhum panfleto com instruções, e mais tarde perceberia que as mães eram emprestadas por muito amor que lhe tivessem dispensado, mas até lá enquanto pudesse e para tal solicitada cumpriria a função que a natureza de mulher lhe conferira.

A quarenta minutos de machimbombo o homem recolhe os pertences espalhados pelo chão da praia, e lançando um último olhar às calmas águas que enfrentavam com elevação a costa mas já mostrando uma cor azul de breu dirige-se para a paragem mais próxima determinado a apanhar o primeiro transporte que o levasse o mais perto possível da residência. Pretendia deixar a mala, verificar uma outra papelada que tinha de estar corrigida e disponível para o dia seguinte, tomar um banho reconfortante e só depois se dirigir a casa da irmã afim de estar com o filho. Não era fácil encará-lo tal a parecença com a defunta mãe, até porque em desespero já acusara o bebé de ser culpado da morte da mulher que amava, se bem que por vezes cruel a natureza optara por deixar vivo o rebento talvez sabedora que a dor pela perda do filho seria muito mais atroz que a orfandade do moleque por muitos anos que vivesse.

Chegado ao destino antes de entrar em casa verifica se fechara o portão que dava acesso ao jardim fronteiriço do edifício, não que temesse assaltos mas apenas como medida preventiva à incursão de um qualquer cão vadio. Gostava de cães e contava mal a vida entrasse no círculo da normalidade ter um ou mais para que o filho tivesse com quem brincar e aprender o que de sublime a natureza podia transmitir, acima de tudo o verdadeiro instinto de sobrevivência e a lealdade para com quem o tratasse bem. No fundo do seu íntimo era um amante dos animais, homem incapaz de pegar num pau ou qualquer outro artefacto e feri-los, e decidido a tomar banho coloca no gira-discos um disco de vinil de 78 rotações com trechos clássicos na voz de Caruso; a “Furtiva Lágrima” entoa pelo salão passeando até à arrecadação debitando notas que suaves acariciam as plantas floridas dos vasos e canteiros no quintal. 

Durava pouco tempo, tempo suficiente para um duche ligeiro, e eis que já aperaltado o homem olha para a aliança de casamento colocada numa pequena caixa depositada sobre o tampo da mesinha de cabeceira sem que pudesse evitar um estremecimento ante a imagem que tal objecto sujeitava a memória. O anel, de ouro puro, era composto por duas argolas finas e entrelaçadas que se fechavam automaticamente, e dentro, gravado o nome da mulher. Ela levara um igual com o nome dele no dia que descera à tumba situada no cemitério público da cidade que ambos tinham decidido viver até que a morte os separasse.

Não muito longe, debruçada no berço a irmã desconfiava que a curta união em vida entre o irmão e a falecida se transformaria numa fusão de almas para o resto do tempo que o tempo lhe concedesse, algo que lhe custava admitir. Era mais novo cerca de quatros anos e uma vida inteira à sua frente para desfrutar, custando-lhe admitir que desperdiçasse os anos em vão tendo em conta que, e sabia-o de fonte segura, para além de haver um batalhão de mulheres desejosas de o terem como companheiro íntimo, a própria irmã da cunhada estaria disposta a sacrificar um hipotético matrimónio para entregar a vida de modo que o sobrinho não corresse solitário pelos tortuosos atalhos da orfandade. Olhou mais uma vez aquele bebé moreno de cabelos negros saudável até ver, e simulando que o embalava apreciou certa calmaria na expressão misturado com um sorriso enigmático, tomando-o docemente nos braços. O calor emanado por aquele pequeno corpo era-lhe familiar pois por duas vezes, anos antes, sentira idêntica sensação.

Noutra casa e noutra rua também o tempo no relógio não parava, e o pai daquela criança sabia serem horas de ir ter com a família. Possivelmente quando lá chegasse depararia com o sítio cheio de movimento, dois sobrinhos a guerrearem-se à causa de um brinquedo que o pai adquirira aquando da última viagem à Europa, e fechando cautelosamente as portas da vivenda dirigiu-se para o portão que dava acesso à rua. O passeio estava limpo e a caminhada até ao destino não ultrapassava os quarenta e cinco minutos se optasse ir pelas duas avenidas principais, ou menos dez se fosse por atalhos que tão bem conhecia. Já na rua pára subitamente, abana a cabeça e decidido volta ao quintal dirigindo-se para dentro de casa pela porta das traseiras, a que mais perto se situava do quarto, e já nele repousa novamente o olhar na aliança recolhendo-a com jeito evitando que não caísse ao chão ao mesmo tempo que no cimo da avenida General Carmona a irmã dá fé de um estremecer brusco no bebé, um cerrar de pálpebras dirigindo o olhar acutilante para o infinito e fazendo-a tremer, desconhecedora todavia das razões de tão brusca mudança facial pois segundos antes parecia sorrir-lhe como forma de agradecimento, e mais inquieta fica por não lhe escutar, e natural seria, qualquer choro ou lágrimas de dor acorrendo com prontidão afim de o tomar mais uma vez no colo

Entretanto na avenida Sá da Bandeira o irmão empunhara um martelo e desferindo um golpe calculado funde pela violência do impacto as duas argolas. Aquela jóia jamais se abriria e nenhuma outra tomaria o lugar dela no dedo anelar da mão esquerda, selando com o acto uma união que exército algum, leis humanas, cantos bíblicos ou doutrinas filosóficas anulariam. Agrilhoara o seu amor em memória da única mulher que haveria de amar guardando num pequeno cofre aquela que seria uma aliança para a eternidade. Na rua escuta-se o latir dum cão rafeiro ao mesmo tempo que uma lufada de ar amornado penetra na casa percorrendo-a da cozinha à sala, o que leva o homem a verificar se portas e janelas estariam devidamente fechadas. 

Na avenida os carros pareciam ter deixado de circular, algo que não incomodava as pessoas que eventualmente se preparavam para jantar, se bem que para o dono daquela casa a refeição podia esperar pois fazia-se tarde para um outro compromisso; sabia ser tempo de se pôr a caminho e dirigindo-se para a saída, ao passar pelo corredor, antes de atravessar a sala de jantar parou em frente ao calendário arrancando as folhas correspondentes aos dois últimos meses de 1953 decidindo que naquele ano e naquela vivenda não se festejaria o Natal, e já na rua à distância de dez metros do portão viu que distraidamente o deixara entreaberto, mas não voltou atrás para o fechar.



FIM
Inácio


segunda-feira, setembro 11, 2017

Na net sem teias nem peias

E não se queira lá ver que um muchacho de 31 anos que segundo doutas opiniões só corre e joga na defensiva tem o descaramento de fazer serviço rede na bola de encontro?
Estava, segundo muitos opinadores,  pressionado...

Ainda bem que aquele golpe nem é grande coisa, pois imaginem se fosse! Passava a vida a correr para a rede.


domingo, setembro 10, 2017

US OPEN WTA

 Sloane Stephens...





...a senhora que se segue

sábado, setembro 09, 2017

Pois...

Foto de Adolfo Inácio Castelbranco d'Oliveira.

Por 5 vezes o vi subir à rede, no jogo contra Del Potro nesta meia final do USOpen, ganhando o ponto num voley diria de execução perfeita, o último com o resultado em 30/15 no 4 set cujo atrevimento se fosse bem sucedido lhe daria 2 bolas de encontro.
Aquele que foi posto em causa durante anos por muitos especialistas da nossa praça, quase remetido a um mero corredor de fundo "tipo maratonista da raquete", que devolvia tudo, colocando inclusive dúvidas sobre aspectos técnicos/tácticos, ofereceu-nos resultados que não deixam dúvidas.
Parece que afinal venceu em R.Garros em terra, Wimbledon em relva natural Autalian Open e USOpen piso duro, 



Elucidativo sobretudo para quem afinal tinha muito pouco para oferecer....

sexta-feira, setembro 08, 2017

POR MENOS SE MATAM BORREGOS



Dois em um, e quando menos se espera a paciência desespera (Cito,1994)

Poderia dizer que fiquei pasmado ao ver o senhor Aníbal Cavaco e Silva na festa do PSD, ainda por cima a "botar faladura" como se não tivesse culpas no cartório no estado em que este Pais chegou. Reflecti desde esse momento se escrevia ou não, duvida que persistiu ate ao momento que o actual líder do partido numa clara demonstração de inquietude permite que se digam tantos disparates em nome duma partido e o próprio não consegue ter tento na língua ficando-se com a elevada impressão de estar um passo de numa consulta de rotina lhe ser concedida baixa detectada uma doença nova com a designação de "PsdediteAgudaCronica", maleita que a comunidade cientifica acredita incurável, algo que me leva decididamente a não votar no actual PSD, e mesmo quando associado a outros penso 3 vezes se o farei.
Todavia nem sempre foi assim, senhor presidente do partido. Houve um tempo que o fiz consciente, corria o ano de 1979 e concorria UD para a Câmara de Elvas, sigla que representava uma AD diminuída porque o PP Monárquico não constava da coligação PSD CDS, eleições que acabamos por perder mas que me deixou laços de amizade aquando por motivos pessoais e profissionais acabei por deixar aquela terra alentejana. Depois e já no Porto andei feito louco nas campanhas para as legislativas de 85 a 91, altura que, talvez pela idade e afazeres profissionais entendi haver coisas mais importantes para correr atrás, mas garantindo o voto no (PPD/PSD), quer em legislativas quer autárquicas, mas podendo o senhor presidente do partido e a quem lhe interessar, constatar que foram muitos anos a dar o meu "anónimo contributo", independente das rasteiras que fui observando e diria sentindo.
Mas, diz o ditado, tantas vezes o cântaro vai a fonte que um dia, e um dia, coloquei definitivamente uma cruz na sigla PSD, corria o ano de 1994, o que me levou a votar em branco no ano de 1995. Tomei essa decisão por entender que nenhum partido estava de acordo com a mina visão do país real que conhecia e também porque os lutos, mesmo políticos, carecem de tempo para voltar a encetar novas uniões.
Evidente que não se cortam relações por dá cá aquela palha, e sou dos que para o fazer tenho inequivocamente ter motivos fortes, e tive-os na altura, e de tal forma me marcaram que tarde ou nunca voltarei atrás com a decisão. Resulta portanto que o partido que um dia escolhi, e que tinha um líder chamado Sá Carneiro passara a ser um mero conjunto de pessoas que se reúnem em torno duma sigla para, em conjunto obterem vantagens da mais diversa ordem.

As razões são simples explicáveis e rápidas de contar, já que em finais de 1993 Manuel do Nascimento Oliveira acamou, e o filho teve de o colocar num lar. O homem viera de Angola em 1982, com a saúde já bastante detriorada. Contribuíra com os impostos que o Governo da Nação exigia e durante o tempo que a Província de Angola foi território português, ou seja 11 de Novembro de 1975, data da Independência.

A vida por vezes madrasta prega-nos rasteiras, e ele jamais imaginaria o que lhe viria a acontecer; nem ele muito menos o filho, e chegado ao extremo das posses financeiras para o manter o pai no lar, estando sozinho e a sua profissão obrigá-lo a ausentar-se por períodos superiores aos que seria conveniente deixar alguém acamado por conta própria, teria de manter o pai no lar, solicita a quem de direito que fosse atribuída uma Reforma por Invalidez, era nesse tempo PM o professor Cavaco e Silva e Ministro do Emprego e da Segurança Social o ora já falecido Falcão e Cunha, processo que se compreende moroso, entrando-se no ano de 1994 sem que a resposta viesse.
Mas a resposta veio clara e inteligível. o "Manuel" cidadão português nascido em Portugal, filho de portuguesa nascida igualmente em solo lusitano e de um homem que vestiu a farda da tropa portuguesa na II guerra mundial e andou em terras de França a combater os "alemãezinhos" que queriam fazer da Península Ibérica uma oficina com mão de obra barata e pelo excelente clima estância de ferias de verão, "não tinha direito a Reforma por Invalidez por nunca ter descontado em Portugal".
Senhor actual presidente do PSD, senhor ex PM ex PR, senhores Deputados eleitos nas diversos actos eleitorais, filiados e simpatizantes, tudo o que se passou nessa altura podia até ser relevado pelo filho, não fosse o facto de, quando a carta chegou com a resposta já o homem se encontrava sepultado no cemitério de Leça da Palmeira.
.

Adolfo Castelbranco d'Oliveira
8/8/2017

quinta-feira, setembro 07, 2017

PEDIDO DE AJUDA

AJUDEM-ME

Coloco-vos este mero desafio para voluntariamente me ajudarem a atingir o que todos conseguem sem canseiras nem custos agravados.
Dispenso dicas ou alusões das que se postam na Internet panfletos de propaganda metidos nas caixas de correio que acabam lançados no lixo pois o que proponho, e sucinto peço, é inexistente em teses filosóficas, poemas dum Pessoa alucinado, frases de guerrilheiros revolucionários, discursos de políticos sem vergonha, ferozes debates televisivos ou filmes já vistos no Canal Memória.
O que pé, pergunteis e bem.
Respondo directo:
Que fazer apenas e só para envelhecer!!!

Inácio 

Curiosidades do US OPEN



Curiosidades do US OPEN

***

Quadro feminino.


Media de Idades.........27,25
Nacionalidade
4 USA


Quadro masculino.

Media de Idades.........29,25
Nacionalidades
2 ESP 
1 ARG
1 RSA


quarta-feira, setembro 06, 2017

US Open

Nadal x Rublev
6/1 .... 6/2

Não vejo mais, estou sem pachorra, mas aproveito para, e em relação ao 8 jogo do segundo set dizer ao Rublev que, num jogo de ténis não se tenta adivinhar o que o adversa vai fazer.

O que se tem de fazer pertence ao campo da Percepção.
Boa sorte para o resto do Jogo.

Mandá-los apanhar na cu.

Quando o nojo atinge o limite a um Homem restam duas alternativas.

1- Dar troco aos Imbecis que comentam apenas porque em Portugal após o 25 de Abril qualquer " cabron" tiene acceso a los midia

2-Mandá-los de vez e na língua de Camões "apanhar na cu".


Já agora: 
- Um destes usou a farda do exercito português na dita guerra colonial

terça-feira, setembro 05, 2017

Prometido é devido

O MODELO
.
Silêncio, emudecido, silencioso,
iluminando toda a passadeira,
vindo do sonho, surpreendido
ante um corpo esbelto de mulher
que num caminhar quase felino
coloca-me para lá da realidade,
cenário invadido pr'uma fera.
- Hesito, e respiro fundo, ansioso,
fascinado ant'imagem de freira
despido hábito, eu confundido!
- Em desfile, sem m'olhar sequer
passeia 'beleza em notas dum hino
feito com acordes de sinceridade
vendo que nh'alma se desespera.
.
(Nos longínquos 'anos d'abastança
imaginei-a com vestes de criança)

Cito Loio
5/9/2017


***
Prometi a uma amiga que lhe oferecia um poema. Como o prometido é devido e como sou dos que cumpre o que promete...
Não divulgo o nome sem autorização

Eles que limpem

A Polícia Judiciária deteve Sapador Florestal suspeito de ter ateado o incêndio que começou ontem em Erada, na Covilhã, e agora, provável tardiamente, querem os presos a limpar as matas !!!


Os políticos que as limpem, principalmente alguns candidatos autárquicos


Jornal O SACANÓIDE

segunda-feira, setembro 04, 2017

Viagem sem retorno


Que a virtude nunca perturbe o sono, a paz seja macia almofada, a saudade acordes dum fado interminável  e a paciência  veículo para o futuro 

domingo, setembro 03, 2017

Baila baila...


"Precisávamos que em Portugal pudéssemos ter um Governo e uma maioria que estivesse a pensar no futuro e não apenas a pensar nestas eleições autárquicas como parece estar acontecer", afirmou Passos Coelho.

***

Adoro bailar, mas como dizem os brasileiros, "Cara" querias que pensassem neste momento das Legislativas? 



sábado, setembro 02, 2017

PARA LEILÃO

PARA LEILÃO


Decidi vender-me pela melhor oferta definindo elevado preço base para licitação e sendo adquirido não haverá devolução rejeitando-se comprador de qualquer género que o produto vem sem defeitos de nascença e dirigido exclusivamente a espécie feminina.

Confessas e interessadas compradoras terão (obrigatório) cumprir  requisitos:

- Serem muito ricas bonitas e elegantes preferência de idade! acima dos cinquenta sem pais filhos netos ou pesados encargos que para chatices chegará as que lhe darei, porque sou chato a raiar até o refilão dono do meu nariz repentino impetuoso, herdeiro duma esmerada inteligência, vadio astuto e há quem diga mulherengo e mais informações, e grátis, aqui vos deixo.

(Arrematado, serei fiel enquanto puder que para mim só existe uma mulher)

Que preço mínimo pró negócio questionem!

- Cousa pouca quase uma ninharia; _ basta elevar qualquer valor ao infinito.
Feito?- Acham que podem concorrer?

(Oportunamente dar-vos-ei para orientação qual o dia  para enviarem as propostas)


sexta-feira, setembro 01, 2017

Portugal é xenófobo e racista

 Mariana Mortágua: “Portugal é xenófobo e racista, embora goste de viver na ilusão e na narrativa de que não o é” 

1 Erro ...classificar o países de - em vez das pessoas dado que duma população de aproximadamente 10.676.910 haverá quem não seja nem uma coisa nem outra.
2 Erro ... esta rapariga desconhece o numero de militares do tempo do Estado Novo que defenderam Portugal e que eram negros mulatos mestiços cabritos e só uns quantos foram execráveis como outros que desejaram a morte aos próprios conterrâneos .
3 Erro ... e ao mesmo tempo apresenta um sintoma de Alzheimer , esquecendo-se da Ministra da Justiça!

Sabe linda...para si com todo o amor e carinho deste Ché 

.

quinta-feira, agosto 31, 2017

Silêncio e tanta gente

Levanto-me com vontade de dar um mergulho, agarrar com as mãos fumo dum quipuco, gritar do ponto mais alto da Serra da Leba e num acto "mágico de magia" sem precedentes fazer do Bengo afluente do Mondego.
Mesmo sem ti, coloco os headphones, suspendo o barulho imaginado escutar risos de Simão Buco.
Fecho o caderno, pago a despesa evitando uma queda, dizendo merda; sabia que não me caiam ao chão os parentes mas provocaria risota, passava por patego...
E desandei silencioso. Nada me ligava aquela gente e isso era mais que ponto assente; assobiando fui caminhando contente por estar vivo presente e consciente.



.


Cito Loio
Memorias do Inácio


A ave piou.


Dr. Cavaco Silva

O senhor teve o descaramento de utilizar a frase (!) PERDER O PIO  (?) referindo-se a pessoas.

Sei que não deve ser detentor de cultura semântica, mas Piar é o som emitido pelas Aves.

quarta-feira, agosto 30, 2017

La manos

terça-feira, agosto 29, 2017

NUNCA LHE FALTE



NUNCA LHE  FALTE


Eleito por votação novo presidente
respirou de alívio o Zé povinho
convencido que dali para a frente
nem ao pobre faltaria pão e vinho   
.
Porém o tempo, bom conselheiro
enviou dicas aos mais distraídos
a que poupassem bom dinheirinho
q'inverno quente só prós precavidos
.
Todavia o povo humildemente servil
achou atendida 'sua gasta prece
ao ganhar abraços cheios de afectos
.
Mas do ditado "Abril Águas Mil"
nem sempre o tal chuvisco acontece
e acaba 'pessoal a morar em guetos...
.
Sabendo q' a muitos money não falta
 e até andam abraçados à malta.

.
Cito Loio

Sem palavras


Cierro los ojos y me transporto a otra época, a otro lugar y me lamento de haber nacido en esta generación en la que no calzo. Donde ya la cultura no existe, ni el verdadero arte, donde los jóvenes se avergüenzan de sus antepasados, donde ya no existen los valores, ni el amor romántico.... cuánto anhelo hay en mi alma....


domingo, agosto 27, 2017

PELA TERCEIRA VEZ

PELA TERCEIRA VEZ




Fiz-me nascido cavalheiro a meu jeito, mas desembestado evitei querelas, e ao rebolar seguro por corpos sedutores escutei vãs palavras ditas sem sentido rangendo os dentes com poucas cautelas. Um dia porém, vinda a noite traiçoeira, vestiu-me o luto pela segunda vez, e banido o desespero afagada a revolta coloquei em lápide o sobrado da fé que o silêncio aludiu a um novo destino pois o original para mim já se findara numa terra sem ‘nome posto em tabuleta. Tarde, sentado no banco da velha praceta confessei a um cão que por ali passara de futuro aprender a cantar outro hino, e que voltaria a caminhar pelo próprio pé instruído do fenecimento não haver volta. Por identificação afinal era português!.

Nas costas alguém disse, não foi a primeira, a mãe de Jesus tomando o lugar delas, que me levou a vestir roupas sem sentido recebendo ordenações de impostores que se serviam de homens sem mazelas, e nunca ousaram às balas dar o peito. E fui tentando perceber diferentes ganidos. Mas também deles dei sumiço no dicionário, pois na minha língua falava-se com rigor que a mentira já fora banida pelo desprezo.

Vinda certa madrugada paguei alto preço. Por avenidas não só sofria com o calor mesmo acelerando o motor no “eixo-viário” e revoltado ao ver os meus, por outros banidos, concluí ser o Hino um fado metropolitano os outros "dois efes" perigo para a liberdade, novos barões usarem longas cabeleiras.

Culpando-me na ponta da ilha das asneiras, sustento da minha ingénua lealdade, duvidei se me deixariam um dia ser angolano.

Quis a desventura, no ano de setenta e seis poder assinar por opção ser português!

Longe “enterravam-me” mais uma vez num luto que não era só meu, não duvideis...


Memórias do Inácio 
Cito Loio
28-29/4/2017

sábado, agosto 26, 2017

Tudo muda nesta vida

sexta-feira, agosto 25, 2017

PRENDA ELEITORAL

Foto de Adolfo Inácio Castelbranco d'Oliveira.

PRENDA ELEITORAL

(Introdução)
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Não o conheço, obstante termos nascido na mesma terra, eu mais velho um ano, e há décadas que coloquei de parte os sonhos que me guiaram durante 24 anos até ao dia que me disseram vai para a tua terra branco da tuge. E vim para um lugar que não era meu, com um BI tirado na então província de Angola, sem ódios ou inveja aos que por lá quiseram ou tiveram de ficar apenas lamentando, anos mais tarde, vir a saber que o meu pai fora preso, sem culpa provada, e ele sim, retornado à terra que o vira nascer, e se a memória não me atraiçoa, em 1982. Por lá deixou mulher pais e sogros enterrados, e eu enterrei o sonho de ver a minha terra pintada com as cores do progresso da fraternidade igualdade e liberdade. 
Ora o MPLA vence eleições com 61,70 %, razão para dirigir pela primeira vez desde o longínquo ano de 75 um apelo especialmente ao agora futuro novo presidente. 
- Faça-se por essa terra e por esse povo o que até agora ficou por fazer, e se puder ser útil, ouça este conselho senhor futuro presidente: 
(Angola para ser um grande país, onde analfabetismo doença e pobreza sejam rótulos do passado, precisa de 50 milhões de Angolanos. Todavia vejam se não se enganam na nacionalidade, rematando esta pequena missiva dizendo, senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, que nada quero em troca do que pode parecer bajulação aproveito no entanto a oportunidade para lhe oferecer o que melhor sei fazer.)

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Nunca pintei quadros c' pincéis da desgraça
esculpi estatuetas de ilusória felicidade
desenhos elaborados com falsas promessas
montei telhados c' fendas na cobertura
porque só se vive entre o nascer e a morte 
e rápido definha-se o corpo no tempo.
- Acordado um dia pela vilaneza da mentira
reparei na falência duma airosa revolução
(coroação simbólica da atroz cobardia)
condecorando-se com desfaçatez muitos patifes
com reformas que eles gostariam de abolir;
_ e experimentei cortada a luz a amargura,
agoniante travo de pratos recheados de fome 
vestindo sob a luz do dia "roupa amiga".

Reconciliando a velhice com a má sorte
elaborei estes versos condenado o rancor
para desejar aos mais ilustres criminosos
jamais lhes possa vir a ser a terra leve.

Isento de pagar contribuições e impostos,
seja este poema sentida forma de aplauso
a já assente e inequívoca vitoria eleitoral.

Cito Loio
25/08/2017
Em memoria dos meus antepassados.

EM SOLITÁRIO

EM SOLITÁRIO


Quando choro faço-o a sós e em solitário
impedindo que se constate ou me vejam
carregadas dores de um estranho pranto;
_ sem palhetas tomado súbito d’encanto
dedilhando profundas rugas que m'aleijam
busco remédio no fundo do meu armário.

Ao chorar vou até ao fim doutro mundo
comparar os voos de um derradeiro amor,
já vivido itinerário – Longe ficou ‘liberdade,
que viver só é como morar com ‘saudade,
rezar sem fé a um qualquer Nosso Senhor
salmos, em puro estilo do Quimbundo.

Vendo-me aqui, até as estrelas soluçam
solidárias com a contrição de meu espírito,
mesmo se fingindo choros de exultação.

E sem falseamentos que 'marcas abundam,
curo penas com solfejos sem canto lírico
por ultimado os acordes desta nova canção.


Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)
25/7/2016, terminado a01/08/2016


quinta-feira, agosto 24, 2017

Compreensível,,,


Karolina Pliskova 
Número 1 do top mundial


Ao contrario do que acontece no quadro masculino 

Top 5 WTA

constituído por atletas abaixo dos 30 anos

A media cifra-se nos 24,4

Top 10 média é de  29,4


 
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