Mais negro que cinzento
Perante tantas boas e más notícias sobre este país, analisando a actual situação, percebemdo que os portugueses já não mandam no seu próprio país assaltou-me uma tremenda nostalgia. Escorregou o rato para a youtube e depois de escutar uma balada de Zeca Afonso, quando dei conta escrevera isto, que ainda carece de correcção.
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MAIS NEGRO QUE CINZENTO
No céu cinzento sobre o astro mudo
batendo as asas pela noite calada
vêem em bandos com pés de veludo
chupar o sangue fresco da manada.
Eles comem tudo eles comem tudo
...comem tudo e não deixam nada
Pois é Zeca, afinal não chuparam tudo
deixando muito ouro para a manada;
_ e ora, nesta terra por demais sangrenta
não faltará tanto "o pão sobre a mesa"
mas morre-se nos hospitais de morte lenta
notando-se já falta d'euros para despesa.
- E os modernos mordomos d'universo novo
senhores c' força matam a coberto da lei,
enchem as tulhas com sangue do povo
mas já nem dançam no pinhal do rei;
_ antes preferem as oncubinas de verão
meninas com dentes de leite e ar sisudo
contratadas mais tarde bailarinas do varão
que chegada a velhice...perdem tudo.
Porém no céu, aparentando ar atónito
ainda há que descortine a estrela d'alva,
esperança no meio deste pandemónio
Que a pátria será (ainda) um dia salva.
Sob o céu, hoje, mais negro que cinzento
muito se brinca entre muros do Parlamento.
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Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)
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