Vítima de engano
Não resisti...porque também lavei as tábuas do meu caixão
VÍTIMA DE
ENGANO
Fortificava-se
no tempo o Estado Novo,
escurecido
nado em cabelo e pele,
usei
fraldas semelhantes às do povo.
- E cantando
baladas, Blues e Godspell
cedo
mergulhei nas ondas da revolta,
e ao beber
água de rios lamacentos
mudei
com valentia restringida minha rota
ante doutos
políticos de fatos cinzentos.
Orgulhoso
e só no Regime de Salazar
acenei
na Avenida Lisboa a Caetano;
_dum tive 'Opan' e tabuada de multiplicar
e
igual ao segundo fui vítima d’engano.
Escurecido
o horizonte, ofuscada a luz,
deixo
marinar prefácios de crenças
vendo
que já pouco me resta ou seduz,
E
investigando atrás, podendo emigraria
a
desvendar traiçoeiras sentenças
alterando
génese e filiação à democracia
Cito
Loio
15-16/03/2015
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