MILAGRE CHAMADO SOLIDÃO
O poema que ilustra o conto de natal é a minha homenagem singela aos romancistas desconhecidos ou os que têm sido desprezado por estes novos letrados pós Abriladas
MIGALHAS NO CHÃO
(Homenagem
ao romancista desconhecido)
Decepem-se-me
(e se minto) os pulsos
seco seja o sangue e q não reste nas
veias
por dizer q romancista encontra
impulsos
para urdir contos c’ fantásticas teias
Porá
neles a dor disparando contra ‘lamento
rasurando folhas borradas de branco
e se aconselhado q na língua tenha
tento
introduzirá apaziguado na prosa o
canto
Inventa
ao VI capítulo personagem poética
genocídios na vigésima carruagem
vende-nos inspectores falhos de ética
ou formação na arte d’ actuar c’
coragem
Deixa
o assassino, não por mero engano,
escapar às garras da traiçoeira
justiça
aumentando o livro só em tamanho
disfarçado o revisor c’ cabeleira
postiça
Cansados,
quando menos se espera
muda capítulos, cria uma nova figura
em que o leitor confuso desespera
ao não lhe encontrar sequer servidura
E
quase no final dum Nobel romance
lembra-se súbito q faltavam as
donzelas
virgens, candidatas a (certo) amante
juiz conselheiro mui dado a
escapadelas!
Concluída
e relida sua mediática obra
com pompa para a publicar tudo fará
contratando uma editora que cobra
ao otário, pelo q este nunca venderá!
Assim
é, vida sofrida dum bom escritor
obrigado a mais de uma profissão
q esta dará pa comer, caro leitor
quando muito, as migalhas do chão
Cito Loio
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