Funeral...sem enterro
LAMENTO
Fosse como tu, Poeta das
descobertas
escreveria ( c’ tua ortografia) nova
epopeia;
_ contava factos de Roma a Pompeia
amor de Pedro por Inês a horas
incertas
Falaria sobre a esperança do rei
Sebastião,
da dignidade de D. Manuel segundo,
Henrique e o seu novo mundo
e das famílias que hoje já não têm
pão
Descreveria as Cruzadas, e cruzeiros,
navegações a bordo de caravelas,
outros, vendendo o país em
parcelas,
às ordem de novos “condandeiros”
Pintava a Nina, Pinta, e a Santa Maria
em versos, amores de sereias profissionais
q’ alegravam (tempos idos) bacanais
das Ilhas Atlânticas ao Pinhal de
Leiria
Se fosse como tu, Camões, tudo
cantaria
para que nada ficasse por contar
desde a destruição do Império d’
além-mar
ao decretar do fim do teu próprio
dia!
Cito Loio
Julho de 2012
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