Com África até à morte...!
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Manuel, “o Lei”
do meu 1º romance, faria neste 25 de Maio 84 anos; pela diferença declarada,
por tudo o que nos separou, este é o meu poema de homenagem
*
NASCIDO
A 25 DE MAIO´
Fez do século vinte seu
universo
projectando múltiplas certezasnum museu vivo sem diploma
registo carnal de duas vontades;
_ e mostrou ao longo do progresso
honradez, congelado q' foram tibiezas
ao destruir os cristais da redoma
q’ o aprisionavam, livre de grades
Retornado à pátria mãe, tarde
gemeu em silêncio, e sem alarde
teve no primogénito ataduras
já sem força para rupturas.
Sujeito `única arma que não
enferruja
sem chiar, numa vida solitáriapercebeu ser impossível ‘recaminhar’
na exacta medida q’ ia envelhecendo.
-Ao piar trágico da coruja
lendo uma bíblia imaginária
perguntou a Deus s’ era hora d’ embarcar;
_ sem resposta foi perecendo
Findou-se no país que o viu nascer
o mesmo que o vira padecer
legando bibliotecas de dignidade
a quem escreveu estes versos de saudade.
Cito Loio
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