quarta-feira, março 02, 2011

Revisão Constitucional

Faro, 01 mar (Lusa) – O líder do PS do Algarve, Miguel Freitas, afirmou-se hoje desiludido por a moção de estratégia a apresentar no próximo congresso do partido pelo seu secretário-geral, José Sócrates, excluir a regionalização


Boa disposição não falta aos governantes

Falta é, futuro aos governados.

A minha posição inicial traduzia uma reserva natural face ao propósito entendido sobre as intenções regionalizações por considerar pré-anúncio de desejos independentistas ou separatistas e eles não cabem no meu horizonte – este sentimento continua alicerçado no sentido que tenho de nação e pátria. A defesa destas, (unidade língua), passa pela defesa do todo nacional, e o nosso caso é claramente um todo composto por partes perfeitamente reconhecidas pela diferenciação, e mais presentemente pelo sacrifício que as populações estão obrigadas face aos “caprichos” do poder central

Se depois dos últimos acontecimentos, a necessidade de exigir dos deputados uma actuação que traduzisse a legitimidade que lhes é conferida pelo Voto, ao escutar o senhor Ministro das Finanças, tendo com referencia a pressão dos mercados, comparar os ‘estados dos Estados Unidos da América’, aos Estados Soberanos que constituem a Europa dos Países (Independentes – sendo este atributo inegociável), não me restam dúvidas que a Regionalização é urgente, inadiável, e até, perdoem-me a ousadia, imperativo de dever dos cidadãos das diversas regiões que dão corpo a Portugal, consubstanciado em 3 pensamentos:

1- Os partidos/deputados e o Governo/Órgãos de Soberania são incompetentes para cumprir a missão e as tarefas que deles se espera, o que levaria a concluir a necessidade (que não subscrevo) de mudança de Regime

2- Existe uma actuação concertada tendente a enfraquecer o País e submetê-lo aos interesses particulares, que não quero considerar por traduzir uma traição à Nação.

3- A manutenção de privilégios concentrados nos Partidos com assento na AR, e a manutenção do aparelho que o suporta, através da criação de Empresas de Partidos sem capital de risco, concorrendo contra as próprias regiões ao não se admitir Partidos Regionais.

Qualquer dos casos legitima a existência das regiões, e se numa primeira análise admitia a Regionalização Administrativa, hoje esta é manifestamente incapaz de responder às expectativas no presente, e do futuro – restando como alternativa caminhar para as Regiões Autónomas em que o argumento dos custos está esgotado - nada será mais dispendioso que a manutenção do estado actual da governação Centralista, e – até por força dos limites orçamentais impostos externamente – esse é refrão no mínimo disparatado.

Termino que na revisão que se advinha, a inclusão da regionalização e o trabalho destinado à sua efectivação passava por ser uma obrigação dos Eleitos e não um favor a fazer aos Eleitores.

O País já não espera, porque desespera.



E se tiverem paciência porque não gastar um pequeno tempo da vossa vida e escutar um Presidente

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