terça-feira, fevereiro 22, 2011

GESTORES/VENDEDORES

Próximo Oriente estará próximo!!!

Em 1974 abria-se um novo paradigma de governação a Portugal, através dum golpe de estado mal engendrado, mal concebido, e sustentado por uma revolução sem qualquer razão de ser, para a altura, tendo em conta que o projecto Marcelista contemplava no seu pensamento a independência pacífica dos territórios ultramarinos, sem derrame de sangue entre irmãos, numa concepção brilhante para a época visando defender no futuro a Pátria de Língua Portuguesa mantendo a unidade de sentimentos em torno de um projecto comum, a que se poderia denominar os Estados Unidos da Lusitânia.

A malta que assaltou o país desviou-o de rotas definidas e estrategicamente delineadas para enfrentar o que no futuro seria um caos político, com graves desequilíbrios sociais e bipolarização da sociedade, a dividir-se entre os muito ricos e os sobreviventes

Os políticos desde então, mais gestores/vendedores que governadores, demonstraram uma total falta de inteligência no campo da antevisão do que poderia vir a acontecer nas décadas seguintes, levando (também nalguns países que não o nosso) ao caos e à total falta de esperança no futuro. Essa política consentida, não teve em conta as sucessivas transformações e mutação que a história nos ofereceu, e acima de tudo menosprezou a capacidade de revolta dos povos do oriente próximo, em que os últimos acontecimentos poderão ser o pronuncio de um novo ciclo para a humanidade – o mundo ocidental esqueceu-se que em cada ser humano coabita uma inteligência por mais ínfima que ela possa parecer numa primeira análise; contudo o somatório destas perfaz um todo demasiadamente importante para ser ignorado, e os regimes ocidentais não tiveram engenho para perceber esta realidade.

A resposta que estão a encontrar é a condena dos ditadores que os próprios sustentaram, e ao mesmo tempo aceitar como “não intromissão nos assuntos internos de um país” o exercício do poder do terror gerado através do genocídio.

Claramente este lado de cá demonstra que não sabe lidar com o outro lado de lá, e para tanto basta ver a indefinição que se observa nas alocuções dos políticos, e (no nosso caso) a falta de rigor que algumas cadeias televisivas conotadas com o governo ofereceram

Estou expectante para ver o resultado para a Europa e América desta convulsão que ainda só agora começou a dar os primeiros passos!

Aprendi na guerra que há bombas que rebentam por simpatia – os militares do meu/nosso tempo sabem o que isso representa. Espero que os governantes não se esqueçam que esta simpatia não é uma coroa de “bemmequeres”.

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