quarta-feira, novembro 21, 2007

Notícias Fantásticas

No seguimento do “post” anterior, é perceptível que um team faz-se de talentos; nem de propósito dei de “vistas” com um artigo no site da Fede, a reforçar a tomada de posição do senhor João Lagos

Só que após 45 anos no desporto, hoje, pela «first time» tomei conscientemente um comprimido de Magnésio, porque com tanto calcorrear atrás de talentos os músculos foram fraquejando. Espero não ter de tomar Sargenor, face a tanta prosa por aí escrita

A bordo do veleiro “ Lady B”, de Mário Quina, presidente da Classe Dragão, e tendo como cenário a bela Marina de Cascais, em tempo de Mundial de Vela, Maria João Durão, vice-presidente da Federação Portuguesa de Ténis, certamente a pensar no ténis afirma: Acredito que os talentos vão aparecer(extraído do site da FPT)

Desconheço a data certa da afirmação ou da publicação no site da FPT; independente da contextualização da frase, além de um sorriso malicioso, não pude deixar de redigir uma pequena rábula, mesmo sem saber qual a formação desportiva da senhora Vice, que para além do Puro Amor ao ténis, que acredito que tenha, sacar este tipo de frase é como «caçar elefantes com pressão de ar»
Pelo respeito que merecem os talentos que vão aparecer, não pude deixar de relembrar, e também à senhora Vice, que pelo menos ao longo dos últimos 30 anos que levo como técnico e não só, temos tido muitos talentos, como a Ana Sofia Gonçalves (um beijo para a família), Maria Durão (se não estou em erro já não a vejo desde 1999 no PM em Elvas), Tucha Santiago, Susana Marques, Suzy C.Silva (olá states “love love” deste teu amigo), Ângela Cardoso, Márcia(feet work)Gaspar, Tomás Maúl (“Man” por que ilhas andarás?), Luís Sousa Pinto (ias más allá), Sérgio Monteiro (obrigado pela ajuda), Pedro Sousa, João Grama, Gonçalo Francisco, só para citar uns quantos talentos, certamente tão iguais aos que no ano em que a nossa selecção de juniores seria a mais poderosa até essa data a Fede resolveu não participar internacionalmente mesmo contando com, Marco Seruca / Paulo Monteiro (campeões nacionais de pares juniores), Vasco Graça/José Nunes (vices nesse mesmo ano) José Guilherme (campeão nacional singulares juniores), e outros … tudo isto num tempo em que os talentos eram acompanhados por treinadores formados por quem sabia usar uma raquete…e mesmo assim optaram por outras vidas; que tal reflectir…

Pensava que na Fede não se ficavam só pela Fé

1 comentário:

Anónimo disse...

Atenção que o Luís Sousa Pinto está a jogar como um leão, em todos os torneios seniores que entrou este ano, ganhou. Estou certo que essa geração ainda vai dar que falar. O ténis depois dos trinta é que está a dar. Daqui a dois anos o campeonato de +35 anos vai ser lindo de acompanhar, isso vos garanto eu, e ainda bem. O que os meninos do ténis andam a fazer enquanto jovens com os seus treinadores, preocupa-me, mas preocupa-me ainda mais o que os jovens fazem depois de acabar, o sonho que lhes quiseram vender. Serem todos nº1 do mundo. Engordam até fartar. Eu não tinha esse sonho, mas quase e engordei quando deixei de competir, 22Kg, até nem conseguia apertar os sapatos em pé, tinha de me sentar.Além de ganhar peso, têm de trabalhar e estudar até cair para o lado. Raquetas penduradas a ganhar pó durante 5 a 10 anos. Não existe desporto universitário, não existe desporto inter-trabalhadores assalariados (entre os Bosses existe), não há movimento nenhum que eu saiba para captar os pais as mães, as famílias para o ténis. Quando me lembro que noutros tempos noutras paragens, o meu pai foi captado para o ténis pelos amigos e a minha mãe foi captada para a canasta. Eu via a minha mãe a dar cartas e o meu pai ás raquetadas, e pronto foi fácil, escolhi as raquetas. Eles nem ligavam muito ao que eu andava a fazer, o recinto até dava para jogar ás escondidas e as saídas e entradas, ou eram ao pé do ténis, ou ao pé a canasta. Era o controlo absoluto. Foi assim no Ténis, na Natação, no Golfe. Era a cultura Inglesa a dominar e a formar, em tempos que já lá vão. Agora o ténis é o martírio dos pais. Se ao menos houvesse um health club, com um personal trainer e musica para abanar o esqueleto enquanto os grandes futuros jogadores correm, talvez se aumentasse o número de federados e se melhorasse a saúde geral da sociedade. Quem não sabe escolher o isco, não tira peixe.
Ponham os filhos a treinar com os pais, ponham as mães a treinar com as filhas, façam pares mistos façam qualquer coisa mas façam, porque isto está a transformar-se no desporto mais valentemente seca existente à face da terra. Dêem aulas de aeróbica dança, solfejo o que quiserem, variem e avariem, mas mudem qualquer coisa, porque senão ainda um dia destes começa a haver casos de adormecimento durante os jogos de ténis. A técnica uniforme e estereotipada a eficiência o sucesso, o caminho certo entre outros, que seca. Viva o jogador moinho de vento, as bolas por cima da vedação os jogos à luz da lua, os torneios às duas da manhã, os betões porosos molhados e os pneus slic a rolar como se fosse em terra batida, a chuva a cair e os torneios a rolar. Que tempos loucos e que condições, mas tanta gente boa federada e a jogar, e que bons jogadores sairam dessas "loucuras".
Um abraço a todos os que passaram por estas situações e aos outros um conselho, passem por elas.

 
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