Demorei a decidir enviar um recado ao sr. 1° ministro sobre o desagradável episódio que envolveu o presidente do Euro grupo. Não consegui resistir.
Disse V. Ex° que o fulano em causa deveria pedir desculpa pelas afirmações dirigidas aos povos do Sul.Engano seu, senhor Costa, que ao contrário dos insultos, as ofensas não são desculpáveis, e fique sabendo que quem me ofende...ofende para o resto da vida.
Claro que este ponto de vista é de quem tem uma visão diferente da sua no que respeita à dignidade pessoal e colectiva.
Ao contrário dos nossos governantes não sou politicamente correcto, daí relativamente à afirmação deste sujeito ( e a ser verdade) apenas concluo que ele deve ter recebido uma foto da mãe deambulando pelo Intendente, ainda ele estava nos tomates do pai.
Gosto de copos, de mulheres, desconhecendo se porventura este iluminado não gosta mulheres pelo ar lunático aconselha-se umas visitas ao Magalhães de Lemos.
Mas ele tem alguma razão acaso se tenha referido a mim por isso ofereço-lhe este escrito pedindo a quem saiba e o conheça que traduza para língua de serpente.
GASTO POR CÁ
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Cresci sexualmente depravado
Satisfeito 'desejo em pachocas e umbigos
Granjeando o respeito de muitos amigos
Sem nunca Delas me ter fartado.
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Tropeçado em múltiplas esparrelas
Levantei o mastro em protesto
Que por vergonha só não conto o resto
Nem o q'escutava, sorrindo para Elas.
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Cansado vi-me, mas nunca me fartei
Obrigado a refrear lingua moca e dedos
Pois a carta velha dispensa selos.
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Um dia, chegada a hora em que partirei
Sei que da vida apenas restará 'recordação
Gasto na terra suor saliva e a tesão.
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Cito Loio
Terminado 22/3/2017
Ah! Senhor Dusss qualquer coisa vá-se catar, e Delas e Elas vai em letra maiúscula por o "Je" tem um respeito quase divinal pelas mulheres .
Hoje, dia mundial da hipocrisia, desculpem o engano da Poesia, mesmo que não se escrevam poemas, gostaria de oferecer a todos que se riram de mim, me julgaram um palhaço vestido com juba, um pequeno escrito acompanhado duma soberba interpretação, num conto que no fundo reflecte com verdade a minha meninice.
E...ZÁS!
Queria regressar ao tempo q'era criança,
afrontar tempestades ao adormecer
acarinhado nos braços de nh'única avó,
escondesndo-lha dentadura postiça,
deliciar-me c'os suspiros da Natividade
e imitar no banho o tenor Mario Lanza,
Recitar!..Vesti la giubba, até enrouquecer,
ver as coxas da criada a limpar o pó,
jogar ao pião, escapulir afoito da polícia
ao vagabundear por becos da cidade,
dar por certo, no tempo, meus enganos
mudar a história d'amores sobrevividos
alterar o futuro vivendo-o na mocidade,
e num estalar de dedos reparando danos,
provar de novo sabores conhecidos
sentindo o corpo a brincar com a maldade.
Voltaria a cometer iguais desvarios
imergido nas águas dos mesmos rios;
_ sim, queria, pudesse, voltar atrás,
e quando todos dessem conta, eu...zás!
Cito Loio
(Perdoem as lágrimas vertidas neste poema sem data ou valor)
Fiz a 4 ª classe há mais de 50 anos, altura que muitos dos senhores examinadores da Troika usavam fraldas, mas adiante pois não foi para falar destes senhores que escrevo estas linhas mas para lhe dizer coisas tão simples que não necessitam de folhas de Excel, tais como…
- Gosto dos pais que sorriem porque têm emprego, das mães que acariciam os filhos porque lhes deram um copo de leite antes de os levarem à escola. Aprecio os condutores de BUS que se atrasam 30 “ para que as velhas (empregadas domésticas) os possam apanhar, e especialmente dos fiscais do Metro que me dizem ‘bom dia’ antes de pedirem o passe. Particularmente derreto-me saber que as gaivotas têm terra quando há tempestade no mar, tomar banho de água quente no Inverno, porque me basta uma vela para escrever (esta é do pensamento camoniano)
- Gosto dos donos dos carros que fazem stop para não atropelarem os cães nas passadeiras (!) ter dinheiro para mandar deitar 1 par de meias solas, comer uma refeição quente ‘dia sim dia não’, pão c’ azeite, linhas para coser a bainha das calças, e não ter de dormir num colchão de papelão debaixo dum qualquer viaduto (lá para as bandas da Trindade). Ao findar chegam-me 7 palmos de terra!
Como vê são coisas simples e comuns ao comum português mas que V. Exª ignora, não encontra competências para evitar o sofrimento e foi irresponsável ao aceitar um cargo sem ter a garantia de ser capaz de o desempenhar minimamente.
«3I’s» Ignorância, Irresponsabilidade, Incompetência, poderá ser a sigla dum futuro partido caso lhe passe pela cabeça fundá-lo, mas não pedirei para se demitir pois não me cabe esse papel; em contrapartida aconselho-o a ler este poema escrito por quem (teve quase tudo e agora tem quase nada) e continua a ser o mesmo homem.
Talvez o ajude a compreender muitas coisas que com a sua CARA formação não obteve
Que exista em cada um e vós um D. Quixote sem mancha e que o vosso aio se chame Honra sem Pança
Deslizou em pé numa casca de cajú, perfeito sobre uma torrente lamacenta, imagem ímpar dum exímio surfista apreciando no alto uma estrêla cadente, e num gesto d'anca rodou 360 graus retomando o percurso rio abaixo dirigido aos esgotos municipais percebendo certa 'morte sem apelação.
Apanhado na enxurrada, escorpião nú, desconhecendo o que era uma placenta ousara enfrentar 'mundo a perder de vista escapado a pisadelas de muita gente e fugido a cobras ratos e a lacraus.
Nesta guerra (vociferava) não encaixo melhor dar a penantes fugir dos chacais antes que acabe empobrecido o chão!
Dos livros aprendera sem enganos terem os rios que correm uma só foz, cegos não verem, não ouvirem 'surdos, na época os mudos não falarem, à bicharada estar vedado direito a voto, e a ele, transformado ser rastejante restava apenas o caminho da salvação e partir em busca dum lugar seguro.
E andou dias semanas meses e anos levado pelo vento nas asas dum albatroz vendo "manifes" c' discursos absurdos, até irmãos de sangue a guerrearem pr'um pedaço de terra erguendo o copo para brindarem com alegria hilariante, provocando-lhe amarga sensação ter-se tornado 'mundo um buraco escuro.
Cavalgando vales estradas e montes, montado no seu ginete o Folgazão acompanhado por seu fiel escudeiro, Dom Xicote, e o conhecido Sempança, reparou que moribundo num varandim lhe acenava com todas as patas um escorpião que pelo nobre aspecto denotava, vivido, ter muito a contar. Com um aceno de "alto não desmontes" disse o escudeiro ao aio em claro vozeirão
Tardou mas dei com o seu paradeiro que este , sem usar espada ou lança lutou contra os que lh'estragaram o jadim sujaram oceanos alcatruaram matas enganando-os em simulações de afecto acomodando-os ao abrigo da luz do luar.
Uma lágrima escrava correu pelo chão. Desmontado, desobedeceu à ordem inicial tomando o escorpião com delicadeza.
Tomai senhor conta dele que padece talvez de amor ou de tristeza profunda tanta que o pode ajudar em vossa cruzada sem cobrança por prestada ajuda.
Atingido por incontada devastadora emoção disse, Xicote, q'em terras de Portugal batalhara-s'em tempos contra a pobreza.
Sempança mais além do que acontece segue servindo esta alma que se afunda pois derrota jamais a verás antecipada e por ti minha lança nunca se fará muda.
Tu, Escorpião, marcado fim na fogueira guarda até chegada a hora o veneno pois ora, diz-me o que percebeste pelos trilhos duma vida ao desvario, alertai'me prós perigos q'enfrentarei na tentação de encontrar minha Geleia ou se morrerei só no campo de batalha amparado o corpo pr'um serviçal
Maior são as trevas q'a pobre cegueira responde-te este mortal em tom ameno e da vida ficar-te-á o que colheste que o resto e como a chama dum pavio ardendo enquanto dura e tão dura a lei posta ao serviço de qualquer alcateia;_ por cá senhor cuidado com a canalha que late até numa noite de Natal.
Estala súbito silenciamento profundo e c'um revirar d'olhos Sempança suspirou, que pela ladeira da má-sorte findo arfar mergulhava o escorpião num gesto humano acenando inequívoco adeus de despedida provocando nos caminheiros breve soluço.
Dizei senhor se do caminho que resta igual sorte esta vida me reservará.
No teu amanhã também me confundo o que há-de por vir ainda não chegou mas se for o teu este meu doloso penar nem 'Divino verá qual de nós o amo - Descansai q'acharemos a coisa perdida e com Vossa esta lança que aguço desbastarei surgida qualquer aresta q'apenas o tempo de viver vos impedirá
Porém, matenha-se em vós a decência, aquela com a qual me tendes aconselhado a humildade declarada no papel de amo e o ideal que vos norteia desde a nascente _ acaso vos falte 'sorte por companhia em mim tereis, vosso servo, moeda de troca que a morte te dará o q'a vida me negou e ido recomendar-vos-ei ao Eterno.
Oh! dedicado servidor desde 'adolescência mil guerras enfrentarei aceite o pecado que no terreno que piso sem causar dano caminhareis um dia à minha frente. - Se morto dispenso-te seres causa minha enfrentares quem ignorante de ti troça e perdão reserva-o pra quem te insultou pois só c' pranto s'extinguira este Inferno.
Que não vos reste a historia amnésica numa pátria d'heróis e heroinas e em vós mesmo se quebrada a lança renasça a bravura marca da epopeia onde regentes pousavam de forma atlética provando favores de belas concubinas em danças de ventre umas já c' pança saborosos Javalis à hora da ceia.