terça-feira, março 28, 2017

É para toda a vida


Demorei a decidir enviar um recado ao sr. 1° ministro sobre o desagradável episódio que envolveu o presidente do Euro grupo. Não consegui resistir.

Disse V. Ex° que o fulano em causa deveria pedir desculpa pelas afirmações dirigidas aos povos do Sul. Engano seu, senhor Costa, que ao contrário dos insultos, as ofensas não são desculpáveis, e fique sabendo que quem me ofende...ofende para o resto da vida.

Claro que este ponto de vista é de quem tem uma visão diferente da sua no que respeita à dignidade pessoal e colectiva.



Bom mandato.

segunda-feira, março 27, 2017

Talvez não tarde o dia



O QUE VOS LEGAREI


Sei que um dia escreverei invioláveis versos
alargado poema, desconhecido princípio e fim
que emocionará quem nunca ouviu falar de mim
achando-me em cada frase homem controverso
para inabalável e na mais profunda dignidade
legar ao mundo toda 'indestrutível verdade.

Cantarei neles dores duma nação ultrajada
assaltado 'povo por quem perdido o respeito,
condecorou com medalhas o próprio peito
desprezando os bravos sem direito a nada
jogando-lhes insultos na forma de chacota
rindo até dos que defenderam a própria Europa.

E permitirei que se louve por este punho
e se verta nas folhas duma velha sebenta
os que nascidos nos anos cinquenta
em actos tomados de forma mui louvável
defenderam terra que era sua por nascimento,
e outros que o fizeram por Juramento.

Deslizada a pena vereis no que me tornei
e ante memórias que jamais se apagarão
traço ora o letras que se agigantarão
nome do qual por sangue nunca me esquecerei
que dum Adolfo herdei a vontade férrea
de homem peito aberto à feroz miséria.

Constituído estes verso num raro poema
saberá a humanidade extinguidas 'guerras
só os valorosos atingem o cume das serras
vendo do alto quem deles nunca mostrou pena.
- Tardando o dia que este navio atraque 
celebre-se a vida sem os sinos a rebate.

Contudo, anunciada a hora do meu final
e por terminar esteja esta última epopeia,
que dela apanhe novo trovador boleia
e glorifique identificado nome de Portugal
por perdida na distância todo 'encantamento
da terra que me viu crescer em sofrimento . 

E de tal padecimento não chegaram avisos
ou sinais de bondade, causando dolo
antes vozes crispadas elevadas em coro
exigiram pena capital em gestos precisos
mui antes de desembarque a porto seguro,
intuito de evitar saber-se a verdade no futuro.

Hoje às vezes cansado trémulo o corpo
sustento ainda inusitada vontade de vencer
mantida mesma forma de estar e de ser,
derrotados 'fantasmas num hercúleo esforço
pois só 'tempo ao engenho dá descanso
se terminada for esta obra num só canto.

Finita a angústia por engalanada praça
do génio o seu espírito imolar-se-á
entre aplausos novo brado emocionar-se-á
ao cantar a força desta antiga raça,
e num olhar de pureza com voz serena
dirá - enfim pôde dar paz à sua pena...

"Pousada a caneta que um outro se levantou
já em tempo de desterro aceite 'castigo
seguirei destinação do que antes fora escrito
continuando-se a obra que me valorou
constituindo esta última construção poética
farol que iluminará "minhalma" até ora céptica"



Cito Loio
21 a 23 de Março de 2017


quarta-feira, março 22, 2017

do Filme "O IDIOTA"

Ao contrário dos nossos governantes não sou politicamente correcto, daí relativamente à afirmação deste sujeito ( e a ser verdade) apenas concluo que ele deve ter recebido uma foto da mãe deambulando pelo Intendente, ainda ele estava nos tomates do pai.
Gosto de copos, de mulheres, desconhecendo se porventura este iluminado não gosta mulheres pelo ar lunático aconselha-se umas visitas ao Magalhães de Lemos.
Mas ele tem alguma razão acaso se tenha referido a mim por isso ofereço-lhe este escrito pedindo a quem saiba e o conheça que traduza para língua de serpente.


GASTO POR CÁ
.

Cresci sexualmente depravado
Satisfeito 'desejo em pachocas e umbigos
Granjeando o respeito de muitos amigos
Sem nunca Delas me ter fartado.
.
Tropeçado em múltiplas esparrelas
Levantei o mastro em protesto
Que por vergonha só não conto o resto
Nem o q'escutava, sorrindo para Elas.
.
Cansado vi-me, mas nunca me fartei
Obrigado a refrear lingua moca e dedos
Pois a carta velha dispensa selos.
.
Um dia, chegada a hora em que partirei
Sei que da vida apenas restará 'recordação
Gasto na terra suor saliva e a tesão.

.


Cito Loio
Terminado 22/3/2017


Ah! Senhor Dusss qualquer coisa vá-se catar, e Delas e Elas vai em letra maiúscula por o "Je" tem um respeito quase divinal pelas mulheres

.

terça-feira, março 21, 2017

E...ZÁS!

Hoje, dia mundial da hipocrisia, desculpem o engano da Poesia, mesmo que não se escrevam poemas, gostaria de oferecer a todos que se riram de mim, me julgaram um palhaço vestido com juba, um pequeno escrito acompanhado duma soberba interpretação, num conto que no fundo reflecte com verdade a minha meninice.





E...ZÁS!


Queria regressar ao tempo q'era criança,
afrontar tempestades ao adormecer
acarinhado nos braços de nh'única avó,
escondesndo-lha dentadura postiça,
deliciar-me c'os suspiros da Natividade
e imitar no banho o tenor Mario Lanza,
Recitar!..Vesti la giubba, até enrouquecer,
ver as coxas da criada a limpar o pó,
jogar ao pião, escapulir afoito da polícia
ao vagabundear por becos da cidade,
dar por certo, no tempo, meus enganos
mudar a história d'amores sobrevividos
alterar o futuro vivendo-o na mocidade,
e num estalar de dedos reparando danos,
provar de novo sabores conhecidos
sentindo o corpo a brincar com a maldade.

Voltaria a cometer iguais desvarios
imergido nas águas dos mesmos rios;
_ sim, queria, pudesse, voltar atrás,
e quando todos dessem conta, eu...zás!


Cito Loio
(Perdoem as lágrimas vertidas neste poema sem data ou valor)

domingo, março 19, 2017

Avô no dia do Pai

Poema dum Avô no dia do Pai
e quem não gostar tem bom remédio; leia poemas sem rima 



EJACULAÇÕES POÉTICAS


Foda-se e calem-se duma vez por todas
q'essa merda de poemas sem rima
é o mesmo que foder sem tesão,
ejacular pela boca bolinhas de sabão,
comer sem saborear suculentas açordas
feitas com muito esmero pela prima.

Porém, mais vos digo ter feito este poema 
ouvindo Birkin jurando q'era a Madona
imaginando-as numa dança de varão.
- Claro que varão rima c' sabão e tesão
daí dizer, creiam-me não sentiria pena
s'um dia a tivesse comido - era uma gatona.

Evidente que pensaram noutra "coisa",
mas "essa" é por onde sai toda a malta...
e malta não rima c' coisa, mas é verdade,
excepção de quem nasce de cesariana.
-Sendo esta estrofe em verso livre
rimo Deus com céus, e fico perdoado.


Cito Loio
Terminado a 19/03/2017
(Poemas sem data nem valor)

sexta-feira, março 17, 2017

Estará actual



Escrevi isto precisamente no dia 
17 de Março de 2013



Será que está... "ainda" actual ????????




Senhor Ministro das Finanças
(Seja quem for)

Fiz a 4 ª classe há mais de 50 anos, altura que muitos dos senhores examinadores da Troika usavam fraldas, mas adiante pois não foi para falar destes senhores que escrevo estas linhas mas para lhe dizer coisas tão simples que não necessitam de folhas de Excel, tais como…
- Gosto dos pais que sorriem porque têm emprego, das mães que acariciam os filhos porque lhes deram um copo de leite antes de os levarem à escola. Aprecio os condutores de BUS que se atrasam 30 “ para que as velhas (empregadas domésticas) os possam apanhar, e especialmente dos fiscais do Metro que me dizem ‘bom dia’ antes de pedirem o passe. Particularmente derreto-me saber que as gaivotas têm terra quando há tempestade no mar, tomar banho de água quente no Inverno, porque me basta uma vela para escrever (esta é do pensamento camoniano)
- Gosto dos donos dos carros que fazem stop para não atropelarem os cães nas passadeiras (!) ter dinheiro para mandar deitar 1 par de meias solas, comer uma refeição quente ‘dia sim dia não’, pão c’ azeite, linhas para coser a bainha das calças, e não ter de dormir num colchão de papelão debaixo dum qualquer viaduto (lá para as bandas da Trindade). Ao findar chegam-me 7 palmos de terra!
Como vê são coisas simples e comuns ao comum português mas que V. Exª ignora, não encontra competências para evitar o sofrimento e foi irresponsável ao aceitar um cargo sem ter a garantia de ser capaz de o desempenhar minimamente.
«3I’s» Ignorância, Irresponsabilidade, Incompetência, poderá ser a sigla dum futuro partido caso lhe passe pela cabeça fundá-lo, mas não pedirei para se demitir pois não me cabe esse papel; em contrapartida aconselho-o a ler este poema escrito por quem (teve quase tudo e agora tem quase nada) e continua a ser o mesmo homem. 
Talvez o ajude a compreender muitas coisas que com a sua CARA formação não obteve

Sempre a respeitá-lo


CORRESSE, BASTARIA

Comecei em criança traquina e feliz
ignorando da dor a matriz
por não contar voltas que o mundo daria;
- Corresse, a mim tudo chegaria.

«Pontapeia a bola Sebastião...
(...recebida no peito colocada no chão)
toma aí vai que grande bordoada
gooolo…esta é pa consoada!»

Pulávamos de peito qual contentamento
sob olhares de garinas, bola ao centro;
-à noite Pepsis na esplanada d’Apollo
sabendo-se lá com alguma no colo!

Mas o mundo girou e com ele girei
entre risos, tiros, lágrimas, gritei!:
«Tardas ó sonhada independência
q’ empedernida será por gasta paciência

Desconhecendo, certos arquitectos
por longe, q eram caboucos e tectos
desenhavam mapas de desgraça
para aniquilar o sonho duma nova raça

Rolou o globo, rolaram os meses
nas ondas sem parar, sangradas por vezes
ao limite permitido pela emoção
até ao dia que me ofereceram a traição

Recomecei, olhando-me adulto e infeliz,
nova revolução, a que nunca quis.
- Voando percebi, que jamais alcançaria
o que antes, apenas correndo bastaria.

Cito Loio

domingo, março 12, 2017

Para os que me têm seguido



D. XICOTE SEM MANCHA

Que exista em cada um e vós um D. Quixote sem mancha e que o vosso aio se chame Honra sem Pança



Deslizou em pé numa casca de cajú, perfeito sobre uma torrente lamacenta, imagem ímpar dum exímio surfista apreciando no alto uma estrêla cadente, e num gesto d'anca rodou 360 graus retomando o percurso rio abaixo dirigido aos esgotos municipais percebendo certa 'morte sem apelação. 

Apanhado na enxurrada, escorpião nú, desconhecendo o que era uma placenta ousara enfrentar 'mundo a perder de vista escapado a pisadelas de muita gente e fugido a cobras ratos e a lacraus.

Nesta guerra (vociferava) não encaixo  melhor dar a penantes fugir dos chacais antes que acabe empobrecido o chão!

Dos livros aprendera sem enganos terem os rios que correm uma só foz, cegos não verem, não ouvirem 'surdos, na época os mudos não falarem, à bicharada estar vedado direito a voto, e a ele, transformado ser rastejante restava apenas o caminho da salvação e partir em busca dum lugar seguro. 

E andou dias semanas meses e anos levado pelo vento nas asas dum albatroz vendo "manifes" c' discursos absurdos, até irmãos de sangue a guerrearem pr'um pedaço de terra erguendo o copo para brindarem com alegria hilariante, provocando-lhe amarga sensação ter-se tornado 'mundo um buraco escuro. 

Cavalgando vales estradas e montes, montado no seu ginete o Folgazão acompanhado por seu fiel escudeiro, Dom Xicote, e o conhecido Sempança, reparou que moribundo num varandim lhe acenava com todas as patas um escorpião que pelo nobre aspecto denotava, vivido, ter muito a contar. Com um aceno de "alto não desmontes" disse o escudeiro ao aio em claro vozeirão

Tardou mas dei com o seu paradeiro que este , sem usar espada ou lança lutou contra os que lh'estragaram o jadim sujaram oceanos alcatruaram matas enganando-os em simulações de afecto acomodando-os ao abrigo da luz do luar.

Uma lágrima escrava correu pelo chão. Desmontado, desobedeceu à ordem inicial tomando o escorpião com delicadeza.

Tomai senhor conta dele que padece talvez de amor ou de tristeza profunda tanta que o pode ajudar em vossa cruzada sem cobrança por prestada ajuda.

Atingido por incontada devastadora emoção disse, Xicote, q'em terras de Portugal batalhara-s'em tempos contra a pobreza.

Sempança mais além do que acontece segue servindo esta alma que se afunda pois derrota jamais a verás antecipada e por ti minha lança nunca se fará muda.
Tu, Escorpião, marcado fim na fogueira guarda até chegada a hora o veneno pois ora, diz-me o que percebeste pelos trilhos duma vida ao desvario, alertai'me prós perigos q'enfrentarei na tentação de encontrar minha Geleia ou se morrerei só no campo de batalha amparado o corpo pr'um serviçal
Maior são as trevas q'a pobre cegueira responde-te este mortal em tom ameno e da vida ficar-te-á o que colheste que o resto e como a chama dum pavio ardendo enquanto dura e tão dura a lei posta ao serviço de qualquer alcateia;_ por cá senhor cuidado com a canalha que late até numa noite de Natal.

Estala súbito silenciamento profundo e c'um revirar d'olhos Sempança suspirou, que pela ladeira da má-sorte findo arfar mergulhava o escorpião num gesto humano acenando inequívoco adeus de despedida provocando nos caminheiros breve soluço.

Dizei senhor se do caminho que resta igual sorte  esta vida me reservará.

No teu amanhã também me confundo o que há-de por vir ainda não chegou mas se for o teu este meu doloso penar nem 'Divino verá qual de nós o amo - Descansai q'acharemos a coisa perdida e com Vossa esta lança que aguço desbastarei surgida qualquer aresta q'apenas o tempo de viver vos impedirá 
Porém, matenha-se em vós a decência, aquela com a qual me tendes aconselhado a humildade declarada no papel de amo e o ideal que vos norteia desde a nascente _ acaso vos falte 'sorte por companhia em mim tereis, vosso servo, moeda de troca que a morte te dará o q'a vida me negou e ido recomendar-vos-ei ao Eterno.
Oh! dedicado servidor desde 'adolescência mil guerras enfrentarei aceite o pecado que no terreno que piso sem causar dano caminhareis um dia à minha frente. - Se morto dispenso-te seres causa minha enfrentares quem ignorante de ti troça e perdão reserva-o pra quem te insultou pois só c' pranto s'extinguira este Inferno.

Que não vos reste a historia amnésica numa pátria d'heróis e heroinas e em vós mesmo se quebrada a lança renasça a bravura marca da epopeia onde regentes pousavam de forma atlética provando favores de belas concubinas em danças de ventre umas já c' pança saborosos Javalis à hora da ceia.


Cito Loio
Terminado a 8 Março 2017

***Sem revisão dispensado o AO

sexta-feira, março 10, 2017

FRIA ARAGEM

Nunca te pedi desculpa porque essa seria talvez a única palavra que não quererias ouvir.


quinta-feira, março 02, 2017

FIGURA DE URSO


1http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/04/pais-que-nao-querem-filhos-podem-entrega-los-para-adocao.html






FIGURA DE URSO

Não m'acharão na necrologia
pois nha hora ainda não chegou malta
que um dia vinda e tarde sem agonia
sabê-lo-ão por sentida a falta

poemas de mel e foda
escritos ca mais pura desfaçatez
que 'poesia lamechas está fora de moda
e há muito haver chegada nha vez

E pa que dúvidas não vos falte, atalho
badalado boato sobre Patudo Carrilho
que gostava de sandes em pão d'alho,
famoso em ser rápido no gatilho.

- Certo dia num condomínio de engate 
acenou à Jaquina Meiga com uma milena,
e serviço efectuado ia tendo um enfarte;
_ à porta esperava-o Filósinha Serena.

Passado 9 meses o que durava o 'verão"
paria em maternidade pública "quina"
o produto de uma tusa de ocasião
e filho duma profissional de esquina

Puseram Carrilho de apelido ao bebé
que a fuça jamais enganaria alguém,
e ao pai trocou-o Filsósinha por Josué
sabido já lhe pusera 'chifres também.

Do puto nenhum deles ficou farto.
- Empecilho não os chegou a conhecer
pois fora, uma semana após o parto,
dado pr'adopção sem ninguém perceber.

A modos de remate, s'era Meiga prostituta
Carrilho não passava de um escroque
Serena ficou conhecida na zona como puta
e Josué chulo por ter gajas de reboque.

Mas a vida também nos prega rasteiras
altera destinos aldraba percurso,
e ao criar-se a outros altas barreiras,
sem dar conta faz-se figura de urso.

- Espero vossa apreciação sem ansiedades
e que este conto não traga saudades...


Cito Loio

27 Fevereiro a 1/Março de 2017

 
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